A perícia técnica concluiu que o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 25 anos, estava a 156 km/h quando jogou o Porsche que dirigia contra a traseira do Sandero conduzido pelo motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Santana, 52. A velocidade - acreditem - é três vezes maior que o limite da Avenida Salim Farah Maluf, onde ocorreu o sinistro de trânsito (não é mais acidente que se define, segundo a ABNT) que matou Ornaldo.
Na via, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. A informação está no laudo divulgado pela Polícia Científica de São Paulo e confirmada pelo Ministério Público de São Paulo.
A velocidade do carro de luxo no momento da colisão foi estimada pelos peritos após a análise de imagens de câmeras de segurança, que registraram o ocorrido. No entanto, o laudo apresentado é apenas um dos documentos a serem entregues para a Polícia Civil. O Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Legal (IML) também devem preparar conclusões.
IMAGENS EM 3 D PARA REFORÇAR IMPRUDÊNCIA AO VOLANTE
Em nota, o Ministério Público de São Paulo informou, ainda, que solicitou mais uma comprovação do excesso de velocidade desenvolvido pelo condutor do Porsche. "O MPSP pediu perícia scanner em 3D para elucidar o acidente com detalhes", diz a nota oficial enviada à imprensa.
A violenta colisão aconteceu na madrugada do dia 31 de março, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. Fernando Sastre conduzia o carro de luxo com a presença de um amigo, o estudante de medicina Marcus Vinícius Machado Rocha. Em alta velocidade, ele colidiu com o Sandero de Ornaldo e matou o motorista de aplicativo. O amigo do dono do Porsche, que estava no banco do carona, ficou gravemente ferido.
O Porsche envolvido no caso é um veículo avaliado em mais de R$ 1 milhão. A colisão aconteceu por volta das 2 horas da manhã. Depois de colidir com o Sandero, Fernando fugiu do local. O condutor do Sandero chegou a ser socorrido com parada cardiorrespiratória para o Hospital Tatuapé, mas morreu devido a múltiplos traumatismos.
EXCESSO DE VELOCIDADE, CONSUMO DE ÁLCOOL E FUGA DO LOCAL DA COLISÃO
O empresário também teria bebido antes de dirigir. Teria gasto R$ 600 reais em consumo de bebidas alcóolicas em um restaurante da capital paulista pouco antes da colisão.
Apesar da violência do sinistro de trânsito, o jovem teve autorização dos PMs que estavam no local para ser levado pela mãe a um hospital, onde não foi localizado posteriormente. Não havia, sequer, dado entrada na unidade.
Os PMs que atenderam à ocorrência também não submeteram o empresário ao teste de alcoolemia. Por tudo isso, a conduta dos agentes está sendo analisada, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).