Uma corrente de solidariedade está sendo montada para ajudar os passageiros do transporte público em Porto Alegre, quase submersa com as fortes chuvas e alagamentos da última semana. Orientações sobre o impacto da tragédia climática no sistema de ônibus e ajuda às famílias dos metroviários são as principais ações. Até agora, mais de 100 linhas de ônibus foram afetadas devido às águas e o metrô da capital gaúcha está totalmente paralisado.
Segundo informações da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 1,4 milhão de moradores de mais de 400 municípios gaúchos – de um total de 497 – foram afetados pela maior catástrofe climática da história do estado.
As orientações sobre o sistema de ônibus estão sendo feitas pelo Cittamobi, que é hoje o maior aplicativo de mobilidade urbana do Brasil. O app está sendo um serviço de utilidade pública. Pelo aplicativo, os passageiros conseguem consultar o impacto direto que a tragédia climática está provocando nos horários e percursos da operação diária dos ônibus da capital gaúcha.
“Manter o atendimento ao usuário do transporte coletivo é nossa prioridade. Estamos com muitos bloqueios e desvios em função da enchente e, além das nossas redes que informam aquelas linhas com alteração, contamos com a parceria do Cittamobi, que está nos ajudando para que o usuário que precisa utilizar o sistema de ônibus receba a informação e possa chegar aos seus destinos com tranquilidade”, afirma o secretário de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, Adão de Castro Júnior.
A iniciativa é uma parceria com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Porto Alegre, gestora do transporte e do trânsito da capital gaúcha.
Através de alertas, os passageiros conseguem se informar sobre mudanças no itinerário dos coletivos, suspensão de linhas e bloqueios de áreas para circulação do transporte coletivo por ônibus em Porto Alegre.
Desde que a parceria teve início, na terça-feira (7/5), já foram enviados mais de 60 alertas sobre mais de 100 linhas com desvio. As mensagens impactaram mais de 80 mil pessoas.
INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DAS CHUVAS NA PALMA DA MÃO
O procedimento para saber as alterações no sistema é o mesmo de quem utiliza o aplicativo. A diferença é que, ao clicar na linha ou no ponto de embarque escolhido, é apresentado um diagnóstico da operação da linha selecionada ou das linhas que passam naquele ponto.
São repassadas atualizações sobre linhas inoperantes, desvios de linhas, pontos de embarque bloqueados e áreas bloqueadas. Para se ter ideia da gravidade da situação, são mais de 100 linhas de ônibus afetadas pelas chuvas apenas em Porto Alegre.
As informações são oficiais e alimentadas a partir da base de dados da SMMU. “Com a parceria, o Cittamobi se tornou um dos canais oficiais da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana para levar informações sobre a situação dos transportes na capital gaúcha”, destaca Emanuele Cassimiro, CPO da Cittamobi.
Por isso, a orientação é para que as pessoas que ainda não têm o app façam o download do Cittamobi para obter informações sobre a situação das linhas de ônibus em Porto Alegre.
CAMPANHA PARA AJUDAR OS METROVIÁRIOS DE PORTO ALEGRE
O Metrô de Porto Alegre segue completamente paralisado devido às enchentes da capital gaúcha. A empresa que opera o sistema, a Trensurb (Trens Urbanos S.A), lançou a campanha Trensurb Abraça com o objetivo de ajudar as famílias dos metroviários.
A campanha tem o apoio da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) e ganhou uma página da internet destacando as principais formas de auxílio aos metroviários da Trensurb afetados pelas enchentes no estado: https://bit.ly/trensurbabraca .
Além de trazer orientações sobre contribuição com doação de suprimentos e trabalho voluntário, a plataforma também conta com uma lista de trabalhadores da Trensurb que necessitam de auxílio financeiro em função dos prejuízos que tiveram com as cheias.
Entre as vítimas das chuvas em Porto Alegre, estão funcionários de empresas contratadas, empregados e estagiários da Trensurb, além de seus familiares. De acordo com a Trensurb, muitos perderam suas casas e seus pertences, além de enfrentarem dificuldades para encontrar acomodações temporárias.