TRÂNSITO

Atropelamento ciclista Marina Harkot: adiado o julgamento de motorista que matou Marina Harkot

O adiamento foi provocado pelo pedido da defesa de José Maria da Costa Júnior, que apresentou um atestado médico afirmando que ele estaria com dengue

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Roberta Soares

Publicado em 20/06/2024 às 12:04

O julgamento do motorista acusado de atropelar e matar a ciclista Marina Kohler Harkot em novembro de 2020, previsto para ser realizado nesta quinta-feira (20/6), foi adiado e ainda não tem uma nova data prevista para ser realizado.

O adiamento foi provocado pelo pedido da defesa de José Maria da Costa Júnior, que apresentou um atestado médico afirmando que ele estaria com dengue. O julgamento estava marcado desde outubro de 2023 e a nova data, a ser definida pelo Poder Judiciário, deve ser divulgada ainda nesta quinta, no Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo.

“Há quatro anos carregamos, diariamente, a dor de não ter Marina ao nosso lado e a ansiedade de ver a justiça sendo feita. Esperamos que a nova data do julgamento seja marcada para assim que termine o tempo do atestado médico. A demora também é um tipo de impunidade, e isso não pode se estender ”, diz Maria Claudia Kohler.

A punição será decidida por um júri popular composto por até 21 pessoas que representam a sociedade em geral. Mesmo com o adiamento, familiares e amigos, que já estavam mobilizados para o julgamento, farão uma nova manifestação na frente ao Fórum, com a expectativa de que o caso seja julgado o mais rápido possível.

UM JULGAMENTO QUE INTERESSA À SEGURANÇA VIÁRIA DE TODO O PAÍS

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"Que sirva de estímulo para o desenvolvimento e aprimoramento das características positivas dos seres humanos usuários de veículos automotores", afirmou o pai de Marina, Paulo Harkot - REPRODUÇÃO
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José Maria da Costa Júnior dirigia uma Hyundai Tucson e fugiu depois de atropelar e matar Marina Kholer Harkot. Pouco depois, foi flagrado por uma câmera em um elevador sorrindo e conversando com uma mulher - REPRODUÇÃO
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Ciclistas paulistanos fazem uma manifestação em homenagem à pesquisadora Marina Harkot, atropelada e morta por um motorista que fugiu do local - MARILIA HILDEBRAND/DIVULGAÇÃO

Marina Kohler Harkot, então com 28 anos, foi atropelada quando pedalava na Avenida Paulo VI, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Ela voltava para casa.

A morte da cicloativista virou símbolo nacional da luta pela mobilidade ativa, pela segurança viária e por cidades menos rápidas e mais humanas. Virou bandeira, também, da impaciência com motoristas que ainda bebem e dirigem e, ainda, fogem sem prestar socorro às vítimas.

Virou marca da intransigência social com a irresponsabilidade ao volante. Por isso, o júri popular do motorista que matou Marina interessa a todo o Brasil.

O responsável pelo atropelamento, além de não ter prestado socorro à ciclista, estaria embriagado, destruiu as provas do crime e ficou foragido durante o início das apurações, segundo as investigações.

Costa foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo e denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por homicídio doloso qualificado por dirigir sob efeito de álcool.

 

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