Greve de ônibus em SP: Assembleia decide; confira

Vai ter greve de ônibus amanhã (03/07) em SP? Saiba o que ficou decidido em Assembleia na noite desta terça-feira, dia foi marcado por várias reuniões

Publicado em 02/07/2024 às 18:26 | Atualizado em 02/07/2024 às 18:56

Em São Paulo, a tensão no setor de transporte público aumentou nas últimas semanas, culminando em uma assembleia decisiva que determina os próximos passos dos motoristas e trabalhadores em transporte rodoviário urbano.

Na última sexta-feira (28), o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas) realizou uma votação importante que definiu a realização de uma greve geral de ônibus em SP a partir desta quarta-feira, 3 de julho.

Motivos da greve de ônibus em SP

A principal reivindicação dos trabalhadores para deflagrar a greve de ônibus em SP é um reajuste salarial de 3,69%, baseado no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que reflete a inflação acumulada e o aumento do custo de vida na cidade.

Além disso, os trabalhadores exigem um aumento real de 5% e a reposição das perdas salariais ocorridas durante a pandemia, somando 2,46%, conforme cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Em contrapartida, as empresas propuseram um reajuste de apenas 2,77%, com base no Salariômetro de setembro, o que foi considerado insuficiente pelo sindicato.

Outras demandas incluem a ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), um aumento do valor do tíquete para R$ 38, uma cesta básica de qualidade, e a remoção do termo "similar" dos contratos.

Expectativas para a negociação

Antes da efetivação da greve, uma audiência de conciliação foi marcada para a noite desta terça-feira (02/07) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

A Assembleia terminou por volta das 18h40 desta terça (02/07), e a greve de ônibus em SP está confirmada para começar às 00h desta quarta-feira (03/07).

Não houve acordo entre o Sindicato, e a efetivação da greve de ônibus em SP foi confirmada.

Dia foi marcado por reuniões para decidir sobre a greve de ônibus em SP

Nesta terça-feira, ocorreram duas reuniões importantes entre os trabalhadores e a categoria patronal, representada pelo SPUrbanuss, sindicato das empresas de transporte.

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Na segunda reunião do dia, o SPUrbanuss apresentou uma nova proposta de reajuste salarial de 3,60%. No entanto, ainda não se chegou a um acordo.

Enquanto o consenso não é alcançado, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) concedeu uma liminar determinando que, caso a paralisação ocorra, deve haver 100% do efetivo de ônibus em operação durante os horários de pico e 50% nos demais períodos.

O primeiro encontro do dia, marcado para as 10h, foi uma reunião técnica mediada pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP).

O objetivo era obter informações técnicas a partir de uma análise dos contratos de concessão do transporte coletivo de passageiros, em resposta às demandas dos trabalhadores.

Esse encontro, que se estendeu até 11h30, foi solicitado pela SPTrans e contou com a presença de representantes da Câmara Municipal, do Tribunal Regional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho.

Pouco depois, houve uma audiência de conciliação convocada pela Justiça do Trabalho, a pedido dos trabalhadores.

Nessa audiência, participaram representantes do SindMotoristas e do SPUrbanuss.

De acordo com a ata da audiência, finalizada às 12h22, o representante do SPUrbanuss apresentou uma "proposta de reajuste salarial de 3,60%, índice este acima do INPC do período (3,23%), e que poderá ser ainda elevado dependendo do índice definido pela FIPE no Salariômetro, podendo chegar a 4%.

O SindMotoristas, embora concordando com a proposta salarial, ressaltou que outros pleitos ainda precisam ser resolvidos para que um acordo total seja fechado.

Além do reajuste salarial, o sindicato apresentou as seguintes demandas adicionais:

  • Ampliação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR);
  • Aumento do valor do tíquete-refeição para R$ 38;
  • Cesta básica de qualidade sem o termo "similar" nos contratos;
  • Reajuste de 17% no seguro de vida, garantindo cobertura de dez salários mínimos, conforme a Lei nº 12.619 (lei do motorista);
  • Melhoria nos convênios médico e odontológico;
  • Auxílio-funeral com revisão dos valores;
  • Um cartão para uso em casos de necessidade.

Impacto da greve de ônibus em SP

Com a confirmação da greve de ônibus em SP marcada para começar às 00h desta quarta-feira (03), todo o sistema de transporte público por ônibus em São Paulo deve paralisar, o que preocupa milhões de paulistanos que dependem desse meio de transporte para suas atividades diárias.

A paralisação poderá gerar grandes transtornos, aumentando a pressão sobre outros modos de transporte, como o metrô e os trens da CPTM.

Qual meio de transporte você mais utiliza para se deslocar em São Paulo?

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