Paralisação dos rodoviários: Urbana-PE garante pagamento salarial até o meio-dia desta quarta (22)

Cinco empresas ainda não efetuaram o pagamento e nove garagens paralisaram suas atividades nesta manhã. Paradas e terminais estão lotados

Publicado em 22/01/2025 às 7:11 | Atualizado em 22/01/2025 às 10:07
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A Região Metropolitana do Recife enfrenta uma paralisação de rodoviários e diversas paradas e terminais estão lotados.

O movimento nesta quarta-feira (22) foi motivado, pelo atraso no pagamento dos salários de funcionários de diversas empresas de ônibus que operam na região.

Desde as primeiras horas do dia, trabalhadores ligados ao Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco (Sintro-PE) bloqueiam as garagens, impedindo a saída dos coletivos e comprometendo a mobilidade em terminais integrados e paradas de ônibus, que estão lotados.

Empresas envolvidas no atraso

Ao todo, ônibus de nove garagens do Grande Recife paralisam suas atividades:

  • Borborema;
  • São Judas Tadeu;
  • Metropolitana;
  • Caxangá (duas);
  • Globo (três);
  • Pedrosa.

De acordo com o Secretário do Sintro-PE, por volta de 320 linhas foram afetadas pela paralisação. Só na garagem da empresa Borborema, estão parados cerca de 700 veículos que operam linhas diversas na RMR.

"Eu fui ao terminal e não tinha nenhum ônibus, precisei pegar a vanzinha para ir até Boa Viagem", disse, ao JC, uma moradora do bairro de Coqueiral, que utiliza a linha Totó/Boa Viagem, operada pela Borborema. As "vanzinhas" são os micro-ônibus complementares.

Em entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, o coordenador técnico da Urbana, Bernardo Braga, afirmou que nenhuma das empresas paralisadas teria como sustentar a operação sem o subsídio, e que apenas com o repasse é possível manter o valor das tarifas como estão.

"O sistema depende diretamente desses aportes [do governo do Estado]'. Segundo ele, o repasse é feito para a Urbana, que passa para a empresas cumprirem suas obrigações. "Houve uma autorização ontem, mas só deve ser destribuído hoje".

Urbana-PE promete regularizar situação até o meio-dia

Em nota oficial, a Urbana-PE, que representa as empresas de transporte público, justificou o atraso como resultado da falta de repasses financeiros do governo estadual, previstos para o último dia 20 de janeiro.

A organização afirmou que, diante da situação, as empresas precisaram adiar, "de forma excepcional", o calendário salarial.

Segundo a entidade, o repasse governamental deve ser concluído nesta quarta-feira, permitindo que as operadoras realizem os pagamentos até o meio-dia. "Não mediremos esforços para normalizar a operação e garantir a oferta de um serviço essencial à sociedade", informou a nota.

Entramos em contato com a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi) do Estado, que segundo a Urbana, é a responsável pelo repasse dos subsídios.

A pasta informou, junto ao consórcio do Grande Recife, a informação que já era confirmada pela Urbana, de que apenas a autorização foi dada na terça-feira (21).

Paradas cheias na manhã desta quarta (22), devido à paralisação dos rodoviários em algumas linhas

Confira na íntegra:

"A Urbana-PE informa que o Sindicato dos Rodoviários bloqueou as garagens de algumas empresas operadoras desde a noite da terça-feira (21).

Em razão do atraso do repasse dos subsídios pelo governo do estado, que deveria ter ocorrido no último dia 20/01, as empresas permissionárias do transporte coletivo foram obrigadas a postergar, de forma excepcional, o calendário de adiantamento salarial para os seus colaboradores, comumente pago no 20º dia de cada mês. Essa medida foi previamente comunicada ao órgão gestor, aos colaboradores das empresas e ao Sindicato dos Rodoviários, respeitando as disposições da convenção coletiva da categoria.

Considerando a confirmação do governo do estado que o crédito referente ao subsídio será realizado nesta quarta-feira (22), as empresas operadoras realizarão o pagamento da antecipação salarial hoje até o meio-dia.

A Urbana-PE informa ainda que não medirá esforços para normalizar a operação e garantir a oferta de um serviço essencial à sociedade."

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