Bolsonaro, com seus argumentos negacionistas, empareda a comunidade científica no enfrentamento à covid-19

Leia a opinião de Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza
Publicado em 14/08/2020 às 6:22
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (25) que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, a Pasta analisa a possibilidade de desobrigar o uso de máscaras Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO


Se o mundo se surpreendeu quando o presidente da Russia, Vladimir Putin, anunciou uma pesquisa bem ao estilo “vapt vupt”, dizendo que o país sairia na frente, registrando uma vacina contra a covid-19, no Brasil - quando o país registrava 105.463 mortes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) causou espanto, ao queimar todas as etapas que buscam as evidências científicas e declarava que as mortes poderiam ter sido evitadas se as pessoas infectadas com o vírus tivessem sido tratadas com hidroxicloroquina

O próprio Bolsonaro joga por terra seus argumentos messiânicos, e já peço desculpas pelo trocadilho com o nome completo do presidente (Jair Messias Bolsonaro), quando ele mesmo reafirma que não há comprovação da eficácia do remédio.

"Sabemos que mais de 100 mil pessoas morreram no Brasil, que caso tivessem sido tratadas lá atrás com esse medicamento (cloroquina), poderiam essas vidas terem sido evitadas", disse o presidente Bolsonaro

O presidente, com seus argumentos negacionistas, empareda a comunidade científica do Brasil, e cientistas pelo mundo afora, que por mais que tenham pesquisado não encontraram serventia para a hidroxicloroquina, no enfrentamento da pandemia. A ciência ainda não descobriu a vacina para o vírus, mas certamente está longe de ser o tratamento com a mezinha - o remédio caseiro de Bolsonaro.

Pense nisso!

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