Opinião

Se as eleições no Senado fossem hoje, Rodrigo Pacheco venceria Simone Tebet por uma margem segura de votos

"Canto da sereia" de Pacheco foi anúncio de que não terá pressa em colocar em votação a PEC que prevê o cumprimento da pena após condenação em segunda instância

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JC

Publicado em 19/01/2021 às 9:20 | Atualizado em 19/01/2021 às 9:28
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Muitos dos nossos leitores têm me perguntado sobre o processo eletivo no Senado Federal. “Vocês falam mais da Câmara (dos Deputados) do que mesmo da disputa entre os senadores”, escreveu uma internauta. Outro chegou a afirmar que “é como se nada estivesse acontecendo no Senado”, reclamou uma estudante de jornalismo político.

Até aqui, duas chapas estão postas e a primeira a ser registrada, está sendo encabeçada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS). Filha de um ex-presidente do Congresso (Ramez Tebet 1936 — 2006) Simone tem se apresentado como a renovação de que a Casa Legislativa necessita. Pregando distância do Poder Executivo, a senadora disse que “o Congresso Nacional não existiria e não teria necessidade de existir se fosse apenas para homologar qualquer projeto que venha de qualquer presidente (da República) ou de qualquer chefe do Executivo”.

A senadora tem buscado o apoio do voto feminino, em defesa de um Senado “mais plural e representativo”. Pesa contra Simone Tebet o fato de ser apoiada pelo movimento “Muda Senado”, um agrupamento suprapartidário que defende a renovação da política, o combate à corrupção e a reforma do Poder Judiciário. Com esse discurso, parlamentares de centro e da esquerda já se distanciaram da senadora.

Apoiado pelo atual presidente da Casa (Davi Alcolumbre, DEM-AP) o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) está “atirando” para todos os lados. Desde o Palácio do Planalto: “não tenho qualquer problema em dizer que tenho o apoio do presidente (Jair) Bolsonaro (sem partido) e que ainda assim, saberei ter a sabedoria para tornar o parlamento um poder independente do Executivo”, disse. Rodrigo Pacheco recebeu as bênçãos do PT, do PDT, só para ficar no campo da esquerda.

O “canto da Sereia” para atrair partidos de oposição para sua candidatura foi o anúncio de que não terá pressa em colocar em votação a proposta de emenda à Constituição que prevê o cumprimento da pena após condenação em segunda instância.

Se as eleições fossem hoje, Rodrigo Pacheco venceria Simone Tebet, por uma margem segura de votos.

Pense nisso!

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