Em meio à pandemia, educação no Brasil fica a deus-dará
Basta ser um pai uma mãe de família, ser educador da rede pública ou da rede particular, ou mesmo um observador para constatar que em 16 meses de pandemia pouco ou nada foi feito para compensar a deficiência escolar. Leia a opinião de Romoaldo de Souza
Você nem precisa ser especialista em educação para concluir que em tempos de pandemia, como esta da covid-19 que o Brasil enfrenta, o déficit no aprendizado é de longe uma das maiores e mais salientes sequelas causadas aos estudantes.
Basta ser um pai uma mãe de família, ser educador da rede pública ou da rede particular, ou mesmo um observador para constatar que em 16 meses pouco ou nada foi feito para compensar a deficiência escolar - o aprendizado prejudicado.
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E perceba que há uma certa parcela de responsabilidade do Estado (desde a União, passando pelas unidades da Federação e o municípios) mas também as unidades escolares deixaram muito a desejar. A educação no Brasil ficou a deus-dará!
Uma das poucas e boas iniciativas tomadas pelo Parlamento acabou sendo vetada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que agora apela ao Supremo Tribunal Federal (STF), para não garantir conexão à internet de alunos e professores de escolas públicas.
O Congresso derrubou o veto, mas o Planalto apelou, alegando que a norma “foi editada à revelia de importantes regras do processo legislativo, como a iniciativa reservada do Presidente da República para diplomas que interfiram nas atribuições dos órgãos do Poder Executivo”, criando com isso, uma “situação que ameaça gravemente o equilíbrio fiscal da União, mediante o estabelecimento de ação governamental ineficiente, que obstará o andamento de outras políticas públicas.”
Justo o governo federal foi omisso durante todo esse tempo de pandemia, agora alega com o Congresso usurpou poderes do presidente da República. Para a omissão latente do Ministério da Educação, a ação de deputados e senadores de destinar recursos para instalação de internet nas escolas é no mínimo um cartão de boas vindas para alunos e educadores, no gradual retorno à sala de aula.
Pense nisso!