Chegou a vez da proxalutamida, nova "água benta" que Bolsonaro vai se apropriar para combater a Covid-19
Bolsonaro é uma espécie de presidente que por ter tanto tempo livre - é só o caro leitor reparar na agenda - e aí ele fica imaginando como criar um factoide. Leia a opinião de Romoaldo de Souza
Depois de dar uma trégua quando vivia assustando as emas do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já não quer mais falar em ivermectina, hidroxicloroquina e azitromicina, chegou a vez da proxalutamida, nova “água benta” que o presidente vai se apropriar para combater a Covid-19, mesmo sem que o medicamento tenha eficácia comprovada.
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Bolsonaro é uma espécie de presidente que por ter tanto tempo livre - é só o caro leitor reparar na agenda - e aí ele fica imaginando como criar um factoide. Como atrair a imprensa para certas narrativas [só para usar uma desgastada expressão, mas que está na moda] que logo, logo serão esquecidas.
Tive acesso a estudo do CDC, Centro de Estudos de Doença dos Estados Unidos, e o que mais mata de covid, em primeiro lugar, é quem está com obesidade, em segundo lugar, quem está tomado pelo pavor ou pelo pânico. Lembra que eu falava lá atrás que tem que enfrentar, não tem jeito, quem está com pânico ou com pavor, a chance [da covid-19] de evoluir para uma piora gravíssima é muito grande”, disse o presidente, sem apresentar nenhuma análise profunda sobre os argumentos que disse no último domingo.
Enquanto isso, 16% da população está com a imunização completa ou por já ter tomado as duas doses da vacina ou a vacina de dose única, em descompasso com a maioria dos países onde o número de pessoas totalmente imunizadaS é bem mais elevado que o Brasil.
Pense nisso!