Bolsonaro chegou ao poder pregando o combate à corrupção e hoje está 99% noivo do partido sinônimo de corrupção
No Brasil, quase sempre o que se diz em campanha tem prazo de validade, como os "casamentos" do presidente da República
Quando ouvi, nessa quinta-feira (11), o comentário do presidente da República, Jair Bolsonaro, dizendo que está 99% de noivado com o Partido Liberal, comandado pelo “mensaleiro” Valdemar Costa Neto, eu me lembrei da campanha eleitoral de 1988: “juntos chegaremos lá”, dizia a vinheta de Guilherme Afif Domingos.
O número da legenda não deixa dúvida: 22. Ou como dizia a campanha liberal: dois patinhos na lagoa. Imagine o querido leitor que de patinhos Jair Bolsonaro (sem partido) e Valdemar não têm nada.
O presidente chegou ao poder pregando o “intransigente combate à corrupção”. Hoje, está “99% noivo” com o partido que é sinônimo de corrupção [esteve citado em dez entre dez esquemas de traquinagem de desvio de dinheiro do contribuinte]. Bolsonaro rasga o artigo 5º do seu plano de governo, que prega distância de quem ousasse alguma “mão larga com o nosso dinheiro”.
Mas afinal, no Brasil, quase sempre o que se diz em campanha tem prazo de validade, como os “casamentos” de Bolsonaro.
Pense nisso!