Sabatina no Senado Federal quase sempre é uma reunião de amigos
André Mendonça visitou todos os 81 senadores, fez cursos de oratória, treinou entrevistas, mapeou cada senador e deu a eles as repostas esperadas
Até que não foi de todo ruim, a demora de mais de quatro meses entre a indicação feita pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e a votação no Plenário do Senado para que André Mendonça tivesse o nome aprovado para ocupar cargo de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF). Não mesmo!
Nesses mais de 100 dias, André Mendonça visitou todos os 81 senadores, fez cursos de oratória, treinou entrevistas, mapeou cada senador e deu a eles as repostas esperadas.
Nesse ínterim, ainda sobrou tempo para que André Mendonça fizesse implante capilar. Agora, o novo ministro está com uma juba de dar inveja nos carecas.
Mas as mudanças em André Mendonça não foram somente na beleza, não. Passaram também pelo discurso. Ele respondeu cada pergunta com a calma de um pastor quando aconselha o fiel pecador mesmo que para isso ele tivesse negado as promessas feitas a Bolsonaro, como questões de gênero, casamento de pessoas do mesmo sexo e até andar com a Bíblia debaixo do braço, dentro do tribunal.
Aprendeu rápido como se ganha votos numa sabatina com a maioria dos senadores se comportando de maneira bem amistosa. Como a relatora, senador Eliziane Gama (Cidadania-MA), que chegou a cumprimentar a família de André Mendonça elogiando a beleza da filha.
Se bem que sabatina no Senado Federal quase sempre é uma reunião de amigos numa mesa de bar.
Pense nisso!