Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Próximas pesquisas poderão medir o estrago na candidatura de Guilherme Boulos, após postagem de aliados

PT não gostou do silêncio imposto por Lula ao governo, sobre o aniversário do golpe militar

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Romoaldo de Souza

Publicado em 30/03/2024 às 19:36
Lula faz primeiro evento como cabo eleitoral de Guilherme Boulos para Prefeitura de São Paulo. - Ricardo Stuckert/PR

P DA VIDA
Guilherme Boulos (Psol-SP) pré-candidato à prefeitura de São Paulo soltou um palavrão - desses que não dá para escrever aqui, mas você pode imaginar - quando lhe mostraram cópia de uma publicação do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) com uma montagem de Jesus Cristo na cruz e a frase “bandido bom é bandido morto!”

Levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado na semana passada, aponta que Guilherme Boulos tem “um colchão de apoios” em torno de 40% das intenções de voto, caso sua candidatura não naufrague antes do tempo.

REAÇÃO ACALORDA
Nikolas Ferreira (PL-MG), que se mete até onde não é chamado, comemorou a postagem dos aliados de Guilherme Boulos. “Obrigado, MTST. Acabaram de enterrar a candidatura de Boulos,” escreveu em uma rede social.

SILÊNCIO OBSEQUIOSO
Lamento o neologismo, mas esse jogo “acompadrado”, um acordo tácito de compadres, para que integrantes do governo federal não realizem nenhuma atividade que lembre o golpe militar de 1964, irritou o líder da banda do PT na Câmara dos Deputados, Odair Cunha (MG), para quem é preciso não esquecer a “onda de truculência” imposta ao país pelos militares.

"O Congresso Nacional foi fechado quatro vezes, com a cassação de mandatos e perseguição a parlamentares, numa onda de truculência que varreu o país sob a égide de atos institucionais. Ao longo de 21 anos, o país foi jogado nas trevas, com violência, repressãoa movimentos sociais”, diz um trecho da nota que não agradou o presidente Lula.

POR POUCO
Rolava a sessão do Senado, em dias reservados aos pequenos comunicados e no plenário da Casa apenas dois senadores. Um que fazia o discurso e o outro que presidia a sessão.

O presidente, Paulo Paim (PT-RS), sentiu-se apertado, olhou de um lado, de outro e não tinha ninguém para substituí-lo nem ele podia deixar o comando da sessão entregue apenas ao orador.

Ufa! Respirou aliviado o senador gaúcho. A porta lateral do plenário tinha sido aberta, entra um senhor de meia-idade, arrumando a gravata e Paim sentiu-se aliviado.

- Senador, senador! Pelo amor de Deus, senador! Assuma aqui o comando, estou pra mijar nas calças. Disse Paim com o microfone aberto. Em vão, era um jornalista em busca de uma dessas notinhas exclusivas que você ler por aqui.

PENSE NISSO!
Para quem sonha com o prêmio Nobel da Paz, o que convenhamos sem merecimento, Lula da Silva anda muito seletivo.

Questionado sobre a guerra da Rússia com a Ucrânia que Lula já tem um lado, o presidente disse que não se sentia obrigado a ter “o mesmo nervosismo” que os europeus porque o Brasil está a milhares de distância da Ucrânia.

“Eu estou a tantos mil quilômetros de distância da Ucrânia que eu não sou obrigado a ter o mesmo nervosismo que tem o povo francês, que está mais próximo, o povo alemão, o povo europeu.”

Brasília e Kiev estão separadas por 10.563km. Já a capital brasileira está distante 10.269km de Tel Aviv, capital de Israel. Pegando a tabuada e diminuindo 10.563 de 10.269 obteremos 294km.

Não precisa ter boa vontade para saber que a omissão de Lula diante da invasão à Ucrânia é inversamente proporcional à necessária resposta que Israel está dando aos terroristas do Hamas.

Lula e seu corriqueiro costume de tomar partido do lado errado.

Pense nisso!

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