ESCOLHA DE SOFIA
A decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) está para tomar sobre estender os tentáculos do foro privilegiado pode açambarcar processos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como querem alguns ministros ou pode fazer “descer” para a primeira instância o julgamento dos crimes que vitimaram a vereadora Marielle Santos (Psol) e seu motorista, Anderson Gomes.
BODE NA SALA
O julgamento foi suspenso quando o placar estava 5 x 0, lembrando que o STF é composto de 11 minutos. O presidente, Luís Roberto Barroso, pediu vista - mais tempo para analisar o processo - após uma conversa com o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL).
REPERCUSSÃO
Lira disse a Barroso que há uma “chateação generalizada” entre os deputados pela ‘interferência’ que o Judiciário ‘insiste’ em se meter na seara do Legislativo. Adiar, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o julgamento do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), teria sido um sinal dessa insatisfação. Brazão é apontado como um dos mandantes do duplo assassinato.
PAU QUE BATE EM CHICA
… O Psol é, de longe, a legenda que, proporcionalmente, mais entra com representação contra colegas parlamentares no Conselho de Ética. Agora, vai ter que se articular direitinho para defender a deputada federal, Fernanda Melchionna (PSol-RS). O PL alega que a deputada quebrou o decoro parlamentar quando chamou familiares do ex-presidente Bolsonaro de “familícia.” A deputada “xingou” os filhos do ex-presidente de “bandidos".
APOIO DE PESO
Diamantino (MT), cidade com pouco mais de 22 mil habitantes, deve parar na próxima semana. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “fecha as porteiras da cidade” para lançar Francisco Mendes à prefeitura municipal. Aí você pode me perguntar, ‘mas por que Bolsonaro vai a Mato Grosso, preocupado com um candidato a prefeito’? Simples, Francisco Mendes (União Brasil) é irmão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Mendes [o político] já foi prefeito por dois mandatos. O primeiro de 2001 a 2004, e o segundo de 2005 a 2008.
RIBEMBOIM FORA DO IPHAN
Depois de deixar a Superintendência do Iphan (Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional) em Pernambuco, Jaques Ribemboim vai acompanhar, pelo portal do instituto, o andamento do processo REC Cultura que prevê a instalação de um café-lanchonete no térreo e um restaurante sobre a cobertura do prédio, no formato de um zeppelin. A coluna só espera que o café seja pernambucano.
PENSE NISSO!
Um pergunta, somente: quantas pessoas precisarão morrer para que o Poder Executivo seja, crivelmente, responsabilizado pelos danos às famílias?
Caso fosse montado o “placar” da dengue como foi feito durante a pandemia da covid-19, seria acertado informar que 923 brasileiros morreram vitimados pelo mosquito da dengue. 1.456 óbitos ainda estão sob investigação e mais de 2 milhões e 500 mil casos prováveis já foram registrados.
Mas quando será?
Pense nisso!