E SE FOSSE UM BOLSONARO?
Não tem prejulgamento nisso. Longe de mim, mas depois de conversar com parlamentares próximos ao Palácio do Planalto o “mantra” da “cautela” dá a tonalidade da conversa. O assunto é uma postagem nas redes sociais feita pela médica Natália Schincariol que foi à Justiça de São Paulo e registrou um boletim de ocorrência, o popular B.O - denunciando o empresário Luís Cláudio Lula da Silva por agressão e xingamentos como “vagabunda, gorda, feia e doente mental”.
O receio de uma manifestação mais virulenta, como sempre ocorre, e por vezes é assertiva, é por que nesse caso o agressor é filho do presidente da República.
Após o registro do B.O., a Justiça mandou Luís Cláudio se distanciar da ex-mulher, que não frequente o mesmo culto religioso, nem entre em contato com Natália Schincariol
O OUTRO LADO
A coluna entrou em contato com a defesa do empresário e, em nota, a advogada desqualifica as denúncias “inverídicas e fantasiosas,” antecipando que serão “tomadas as medidas legais”.
“Tomamos conhecimento das fantasiosas declarações que teriam sido proferidas pela médica, atribuindo ao nosso cliente inverídicas e fantasiosas agressões, cujas mentiras são enquadráveis nos tipos dos delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por reparação por danos morais, motivos pelos quais serão tomadas as medidas legais pertinentes”.
MENTIRINHA DO BEM
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios considerou que o presidente Lula da Silva (PT) não cometeu crime quando mentiu sobre o desaparecimento de móveis do Palácio da Alvorada, após a saída da família Bolsonaro, em janeiro de 2023.
Para a juíza Gláucia Rizzo da Silva “na condição de mandatário de cargo eletivo federal” Lula não cometeu crime contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Lula e a primeira-dama, Rosângela Lula, acusaram os Bolsonaros de terem “levado com eles” mais de uma centena de móveis do Alvorada. Era lorota do petista. Os 261 móveis foram encontrados. Bolsonaro queria retratação de Lula e da mulher e uma indenização de R$ 20 mil, por danos morais.
À ESPERA DE UM SINAL
Que o deputado Carlos Veras (PT-PE) já tem até cortado um terno para o anúncio da pré-candidatura a vice-prefeito do Recife, ninguém duvida disso, mas o coração petista disparou acelerado depois que a rádio Jornal antecipou a informação de que o presidente Lula e o prefeito João Campos (PSB) comem uma salada Cæsar na capital pernambucana, quinta-feira (4) à noite!
CAIU PARA CIMA
Mesmo com toda a presepada do Ministério da Justiça e do próprio ministro, Ricardo Lewandowski, que montaram uma fracassada operação para prender dois fugitivos do presídio de segurança máxima, em Mossoró (RN), o diretor da Inteligência Penitenciária, Sandro Barradas, foi demitido do cargo, mas recolocado na área de Políticas Penitenciárias da Justiça. Ou seja, Barradas acabou sendo compensado pela falha na inteligência do ministério.
FINAL DE COPA DO MUNDO
Na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, assessores do ministro Paulo Pimenta monitoram em tempo real o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TRE-PR) do pedido de cassação do mandato do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR). O placar está 1 x 1. Faltam ainda os votos de cinco desembargadores.
PENSE NISSO
O filósofo italiano Humberto Eco (1932-2016) escreveu em seu romance “O Numero Zero” que "As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam em um bar depois de uma taça de vinho” e esses “filósofos da internet” estão contribuindo para “a invasão dos imbecis.”
Agora, depois da semana santa, o país acompanhou, pelas redes sociais, a repercussão de um post no perfil do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) com uma imagem de Cristo crucificado e a frase: “bandido bom é bandido morto.”
As reações mostraram que a imbecilidade de que trata Humberto Eco gravitou tanto ao lado quem fez a postagem, com jeitão de quem estava tentando lacrar; assim como de quem reagiu com o porrete da censura sobre o ombro.
Seria tão bom que qualquer postagem fosse precedida de uma boa reflexão: estou certo disso?
Seria prudente!
Pense nisso!