NÃO À CENSURA
Enquanto o multimilionário Elon Musk trocava farpas com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, fazia ecoar o “mantra” do governo do PT de que “não existe imunidade digital;” o que, convenhamos, pode ser verdade, mas o que está subjacente - por entre o emaranhado de justificativas - é um certo controle daquilo que o internauta publica nas redes sociais. Cheira a censura.
‘NÃO É CENSURA’
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, também reza na cartilha da “advertência”, com uma justificativa atenuante: “Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais para que não haja captura de mentes de forma indiscriminada, que possa manipular informações, disseminar ódio, violência, ataques às instituições”, diz Pacheco.
CALMA, O PETRÓLEO É NOSSO!
Caso frutifique a operação de governistas que não querem entregar de bandeja a cabeça do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a turma do deixa-disso quer que o executivo seja mais comedido nas redes sociais. Algumas de suas mensagens beiram a “estocadas” desnecessárias, como a que replicava uma conversa da assessoria de Impresa, questionando se Prates ia deixar a Petrobras. “Acho que após às 20h02”.
Nesta segunda-feira (8), Prates escreveu sobre operação da Polícia Civil do Rio, na sede da empresa; replicou uma post da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), de quem foi suplente no Senado; citou obras na refinaria Abreu e Lima (PE); e no estaleiro de Angra dos Reis (RJ), e por aí vai. “O homem fala [e escreve] pelos cotovelos”, diz um assessor palaciano.
NICARÁGUA, NICARAGUITA!
O encontro do presidente Lula da Silva (PT) com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, foi além da preocupação do papa Francisco com os povos indígenas da Amazônica e a defesa da liberdade religiosa, conforme propagou o governo brasileiro.
Lula e Parolin se detiveram, demoradamente, segundo uma importante fonte religiosa, na situação de religiosos católicos perseguidos pelo governo do ditador Daniel Ortega. No Planalto, a avaliação é de que as relações de Brasília com Manágua “já estiveram melhores”.
PENSE NISSO!
O motivo pode não ser dos mais nobres, mas a Câmara dos Deputados poderá fazer um aceno de insatisfação para o lado sul da Praça dos Três Poderes.
É que quando tudo parece estar se afeiçoando para o lado do apaziguamento dos ânimos, vem o Supremo Tribunal Federal e começa a analisar a extensão do foro privilegiado “até para dor de dente”, um jeito de dizer que será bem marcante.
Nesta semana, o plenário da Câmara dos Deputados deve analisar um projeto de decreto legislativo que tem tudo para ser um recado ao STF.
A maioria dos parlamentares é que vai definir se o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) permanece preso ou se responde em liberdade ao processo em que é acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018, no Rio de Janeiro.
Já pensou se o recado for a soltura de Brazão?
[pois] Pense nisso!