Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Perse pronto para ser votado. Governo ainda tenta se articular

Mês do cachorro doido inquieta Planalto

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Romoaldo de Souza

Publicado em 29/04/2024 às 19:18
STF terá pautas preocupantes para o governo
STF terá pautas preocupantes para o governo - Gustavo Moreno

PERSE SEM SURPRESAS
A senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB), relatora do projeto que reformula o Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), disse que encontra-se “convencida” de que é preciso “incluir a correção pela inflação” no programa do governo. Sendo aprovada esse relatório, o governo sofrerá um revés estimado em R$ 15 bilhões.

Daniela também quer manter a expansão do programa para beneficiar 30 atividades. O Planalto, leia-se o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, queria que fossem somente sete. Havendo senador em Brasília, a proposta poderá ser votada nesta terça-feira (30).

HAJA PÃO DE QUEIJO
Na última sexta-feira (26), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu um grupo de senadores e uma renca de assessores para discutir a ação de inconstitucionalidade impetrada pelo Poder Executivo no Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, quando Efraim Filho (União Brasil-PB) se deu conta que os mais de 30 pães de queijo que tinham sido colocados para degustação já estavam no final.

- Presidente, do jeito que esse governo está agindo com o Parlamento, nós vamos acabar dando um desfalque no seu estoque de café e pão de queijo, disse o senador paraibano.

- Não se incomode, de onde vieram esses ainda temos muito mais, respondeu Pacheco, apontando para um supermercado nas proximidades da Península dos Ministros, onde ficam as residências oficiais da Câmara e do Senado.

QUE PAC, MINISTRO?
O chefe da Casa Civil, ministro Rui Costa, vai hoje à Comissão de Infraestrutura do Senado apresentar o cenário, do ponto de vista do governo, sobre o andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), estimado em R$ 1,7 trilhões, entre elas, a Transnordestina.

Como estão estremecidas as relações entre Planalto e o Parlamento, boa parte dos senadores vai se debruçar sobre projetos já aprovados pelos congressistas, mas que a Casa Civil de Rui Costa recomendou o veto que acabou derrubado. Mesmo assim, o governo insistiu com o tema, agora no STF.

‘FORÇA, MUJICA!
O presidente Lula foi às redes sociais para cumprimentar o amigo e ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica que, mais cedo, tinha anunciado um câncer no estômago.

“Vou continuar militando com meus companheiros, fiel à minha maneira de pensar e entretido com meus legumes, com minhas galinhas”, disse o ex-presidente.

No X, antigo Twitter, Lula escreveu uma mensagem de solidariedade “ao irmão Mujica” falando de “admiração e solidariedade” ressaltando que o ex-presidente “é um farol na luta por um mundo melhor. Sempre estivemos juntos nos momentos bons e nos momentos difíceis”, escreveu o petista.

MOSQUITO DA DENGUE TRIPUDIA GOVERNO
Que Centrão que nada. Nem Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados; nem Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal; nem toda a oposição junta. A grande dor de cabeça do governo é um mosquitinho chamado de Aedes ægypti - assim mesmo com “æsc”, essa duas letras encangadas. Agora você vai juntar o Aedes ægypti, mais a incompetência de gestores do Ministério da Saúde e o descaso da população e o resultado é que a dengue come solta.

Até o meio da tarde desta segunda-feira (29), o Ministério da Saúde tinha registrado mais de 4 milhões de casos da doença [precisamente, são 4.127.571 casos]. Desde janeiro deste ano, 1.937 brasileiros perderam a vida vitimados pela doença. E 2.345 mortes estão sendo investigadas.

LEI DAS ESTATAIS NO STF
Diferentes culturas, incluindo os povos Maia - uma das civilizações mais avançadas - consideravam agosto como “o mês do desgosto”. Tanto tem a ver com o fator climático no oriente, como as “coincidentes” guerras nesse período.

No Brasil, o agosto do governo Lula da Silva (PT) já tem data para começar. Será três meses antes, e o Supremo Tribunal Federal é que vai dizer se será de desgosto ou de bom grado.

Uma ação pedindo a inconstitucionalidade da lei, trata da quarentena de três anos para que dirigentes de partidos políticos, ministros de estado e secretários assumam cargos de direção em empresas públicas.

MANOBRAS PARA ABRIGAR ALIADOS
Foi preciso o recém eleito governo de Lula pedir uma ajuda ao então ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski que suspendeu a validade da regra. Não fosse assim - e esse jeito que é bem peculiar do Brasil - e políticos estariam impedidos da aceitar os cargos do governo, como Paulo Câmara, no Banco do Nordeste, e Aloizio Mercadante, no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).

PENSE NISSO!
O Diário Oficial desta segunda-feira (29) traz um recomendação proibindo a “cobrança de contribuições financeiras”, também conhecida como o dízimo das igrejas.

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, do Ministério da Justiça, recomenda que os presídios “possam dar provimento” para fornecer assistência socioespiritual evitando-se que seja “instrumentalizada para fins de disciplina, correcionais ou para estabelecer qualquer tipo de regalia, benefício ou privilégio".

O danado que o conselho não levou em consideração, é que o detento está riscando as paredes da cela, contanto quantos dias faltam para ele cair fora, e um empurrãozinho do além bem que cairia bem.

O dízimo é a escada até esse sonho, pelo menos do ponto de vista do presidiário!

Pense nisso!

 

 

 

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