ESSES INFLUENCERS
As pessoas morrendo no Rio Grande do Sul e os “notáveis” influenciadores políticos se estapeando pela paternidade do salvamento de “Caramelo”, o cavalo que estava em cima do telhado de um casa.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, tirou uma casquinha no prestígio de Caramelo e escreveu em uma rede social: “Os bombeiros de São Paulo acabam de resgatar uma égua que estava ilhada”, na pressa Derrite nem “examinou” se era um cavalo ou uma égua.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e até a primeira-dama, Rosângela Lula, fizeram o possível para “aparecer na foto”. A esposa de Lula da Silva (PT) nem se deu ao luxo de fazer uma "apuraçãozinha", por menor que fosse: “graças à mobilização dos voluntários e ao Exército a égua está resgatada”.
E CARAMELO, O QUE PENSA?
O que ninguém perguntou a Caramelo foi se ele gostou do nome que ganhou.
No filme “O Encantador de Cavalos”, Grace - personagem vivida por Scarlett Johansson - tem diálogo muito leal com Pilgrim. Toda vez que ela se aproxima do amigo, o cavalo balança o rabo e ela falando: Pilgrim! Pilgrim!
Não sei como Caramelo reagiria com repórteres, fotógrafos, influenciares, policiais, todo mundo gritando, Caramelo! Caramelo! Se ele não balançar o rabo como fez Pilgrim para Grace, é melhor trocar de nome
ABRINDO A PORTEIRA
Para um governo que não tem um importante e imprescindível programa de controle de natalidade, a pergunta do presidente Lula da Silva (PT) a uma senhora, mãe de cinco filho, quando é que ela vai “fechar a porteira”, se aproxima daquelas piadas do “Tiozão do churrasco” que os sobrinhos sorriem para não serem deserdados.
“Aquela menina que tem um monte de filho, ela tem cinco filhos. Eu falei: companheira, quando é que vai fechar a porteira, companheira?. Não pode mais ter filho”, disse o tiozão do Planalto.
ABNT X SPVAT
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) contratou o Instituto WRI Brasil para chegar à conclusão que “desastres no trânsito podem ser evitados por meio de uma série de medidas”, uma delas é reduzindo a velocidade nos perímetros urbanos.
O mesmo estudo concluiu que “acidente de trânsito” passa a percepção de que atropelamentos, colisões e capotamentos “não podem ser previstos”, como se trocar a nomenclatura do fato ele desapareça.
Aí, veio o Congresso Nacional e criou o SPVat (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). Para os parlamentares é mais fácil fazer uma campanha de conscientização “dando o nome verdadeiro” ao que a ocasião exige: acidente de trânsito.
PENSE NISSO!
Quando eu digo aqui neste espaço que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) teriam mais sabedoria se ao menos uma vez por semana saíssem de seus gabinetes, pegassem a linha 106.1 [Praça dos Três Poderes - Rodoviária] e fossem tomar um caldo de cana com pastel, no centro da cidade, talvez eles não se chocassem tanto com a realidade maltrapilha e mal passada.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, chamou de “emblemáticos momentos” a imagem que ele viu na TV, em seu gabinete com ar-condicionado “no talo”, em função das tardes quentes da capital.
“Talvez um dos mais emblemáticos momentos que eu tenha visto e que, talvez outras pessoas tenham visto na televisão, foi um cavalo solitariamente no telhado à espera de alguma solução”.
Mais caldo de cana e menos TV, certamente comoveria a Corte sabedora de que a plebe por vezes espera horas, dias, meses por uma solução jurídica que nem sempre chega.
Pense nisso!