LIRA NA ARTICULAÇÃO
O presidente Lula da Silva (PT) vem sondando líderes aliados para fazer “umas pequenas mudanças” na articulação política do governo. O deputado Arthur Lira (PP-AL) termina seu mandato como presidente da Câmara em fevereiro, a partir daí, Lula quer tê-lo mais próximo, no 3º andar do Planalto.
40G É O LIMITE
O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que 40 gramas de maconha é a quantidade que separa um usuário de um traficante. O resumo dos votos da maioria dos ministros [8 x 3] aponta que “será presumido usuário quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para uso próprio, 40 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas, até que o Congresso venha a legislar a respeito”.
AS DROGAS SEGUNDO A CÂMARA
No intuito de dar uma resposta às bancadas que querem tolerância zero, quando o assunto é droga, o presidente Arthur Lira disse que é hora de instalar a comissão para que a proposta de emenda constitucional comece a tramitar: a PEC nem será apressada nem será retardada. Como eu sempre falei, ela terá um trâmite normal no aspecto legislativo.”
LULA E O GOLPE
O presidente brasileiro repudiou a tentativa de golpe de Estado na Bolívia, dizendo que “golpe nunca deu certo” e que como “amante da democracia” quer “que a democracia prevaleça na América Latina”.
A DIREITA GOLPISTA
Com um espanhol de fazer inveja ao Nobel de Literatura Gabriel García Márquez (1927-2014), o deputado Ricardo Salles (PL-SP) soltou esta: “En Bolivia, las melancias tienen cojones…” Em outras palavras, o ex-ministro do Meio Ambiente quis dizer que os militares bolivianos têm coragem. Agora, é bom dizer que “melancia”, que em espanhol escreve-se “sandía”, é um termo atribuído a militares verde por fora e vermelho por dentro.
A TRETA DE MILEI
O porta-voz da Casa Rosada, Manoel Ardoni, disse que o presidente argentino, Javier Milei, “não cometeu nada de que deva se arrepender”. Em entrevista ao UOL, o presidente Lula da Silva disse que Milei deve “pedir desculpas” por tê-lo chamado de corrupto.
PENSE NISSO!
Fim da saidinha de presos, criminalização do aborto, tolerância zero para posse de pequena quantidade de maconha.
Agora, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputada Caroline de Toni (PL-SC), ameaça desengavetar um projeto que trata da redução da maioridade penal do adolescente.
Não é que o tema não seja importante e que não esteja na hora do necessário debate, o que chega a ser inquietante é que no atual Congresso as iniciativas são “sepultadas” ou “ressuscitadas” como moeda de troca ou, o que é pior, por pura birra.
Seria tão salutar para a democracia se os temas realmente vitais para a sociedade entrassem na pauta como que por necessidade, mas não. Ultimamente quase sempre os parlamentares são surpreendidos com um projeto que “dormia” em uma gaveta, e “acorda” esfregando os olhos, como se tivesse perdido a hora.
Pense nisso!