Frente Parlamentar do Agronegócio critica vacilos do governo e redução de impostos de importação
Governo se compadeceu com deportados, mandou tirar algemas e deu tratamento "humanitário", nas palavras do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski

SEM ALGEMAS
Voo com mais de cem deportados, 88 brasileiros, teve problema após parada técnica em Manaus (AM). A partir da aterrissagem, as autoridades brasileiras foram informadas de que todos os deportados estavam algemados. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, comunicou que “houve flagrante desrespeito aos direitos fundamentais”. As algemas foram tiradas e uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) foi disponibilizada para transportar os brasileiros até o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG).
A BEM DA VERDADE
Os primeiros 88 brasileiros deportados após a posse do republicano Donald Trump já estavam com a ação transitada em julgado, sem nenhuma apelação possível. A ação tramitava desde a era Joe Biden (Democrata).
EFEITO COLATERAL

A ideia anunciada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, de corte de impostos de importação de produtos agrícolas teve resposta à altura. A Frente Parlamentar da Agropecuária chamou a medida de “desesperada e mal pensada”. De acordo com o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da frente, “não existe desabastecimento, não há problemas de safra”, muito menos de “sobrepreço”, por isso, seria “mais uma medida desesperada e mal pensada do governo que insiste em ignorar os problemas macroeconômicos”, como descontrole cambial, elevação dos gastos públicos.
À CONTA GOTAS
Aos poucos, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai liberando organizações não governamentais para receberem recursos provenientes de emendas parlamentares. Três entidades ganharam o atestado da Controladoria-Geral da União de que agora, estão divulgando relatórios na internet sobre prestação de contas. No relatório de Dino, o ministro atesta que as entidades “disponibilizam página de transparência de fácil acesso, apresentam informações sobre emendas parlamentares”, por isso, mesmo, estão liberadas.
SENTANDO NA JANELA
O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, troca um orçamento anual de R$ 39 milhões por outro bem mais vitaminado: o Turismo, com R$ 2,6 bilhões em caixa para triplicar o número de visitantes. Em 2024, o Brasil recebeu pouco mais de seis milhões de turistas estrangeiros. A reforma ministerial tem tudo para dar certo pelo menos para o político pernambucano e o seu partido, o PSD.
PENSE NISSO!
Quando o presidente Lula da Silva (PT) diz que a reforma tributária tem o seu DNA, ele está falando a verdade, mas pela metade. Mas aí, não seria Lula se não aumentasse a repercussão para ficar bem na fita.
Já quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chama de “trairinhas” os parlamentares do seu partido que deram votos para aprovar a medida, ele revela uma profunda dor de cotovelo: “Isso são os trairinhas que fazem tudo por um cargo público”, acusa.
É por isso que o país está nesse atoleiro chamado personalismo. A reforma tributária mal ou bem é do país e não terá - ainda bem - a marca desse ou daquele governo.
Pense nisso!