Precárias, delegacias do Recife são alvos de investigação do MPPE

Publicado em 06/04/2017 às 7:33 | Atualizado em 06/04/2017 às 8:35
Falta d'água e sujeira são alguns dos problemas que os policiais enfrentam na Central de Plantões. Foto: JC Imagem/Arquivo
FOTO: Falta d'água e sujeira são alguns dos problemas que os policiais enfrentam na Central de Plantões. Foto: JC Imagem/Arquivo
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Falta d'água e sujeira são alguns dos problemas que os policiais enfrentam na Central de Plantões. Foto: JC Imagem/Arquivo Falta d'água e sujeira são alguns dos problemas que os policiais enfrentam na Central de Plantões. Foto: JC Imagem/Arquivo Sem estrutura e com falta de efetivo policial suficiente para atender a alta demanda, duas delegacias do Recife são alvos de investigação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE). A Central de Plantões da Capital, no bairro de Campo Grande, é uma delas. Criada em 2014 para desafogar outras delegacias e concentrar os casos de prisões em flagrante, a unidade policial soma problemas de estrutura física e falta de equipes de investigação. Nessa quarta-feira (5), o blog publicou o depoimento de uma jornalista que reforça o descaso: em pleno fim de semana, não havia um policial no horário de almoço para registrar um boletim de ocorrência. A Delegacia do Meio Ambiente, na Ilha do Leite, também está sob investigação. Com uma média diária de 10 a 12 denúncias de maus-tratos a animais, a especializada está sem delegado titular e também acumula inquéritos. Apesar da alta demanda, a delegacia ainda terá a frente a nova responsabilidade de investigar homicídios no Estado para tentar barrar o aumento das estatísticas de violência. O promotor de Justiça Maxwell Vignoli, que está a frente do inquérito civil sobre a Central de Plantões da Capital, afirmou nesta quinta-feira (6) ao Ronda JC que fará uma inspeção na delegacia para comprovar as denúncias. "Ainda não sabemos quando, mas iremos ao local", disse. Questionado sobre a possibilidade de pedido de uma interdição, o promotor informou que isso vai depender do que for constatado ao longo da investigação. O inquérito aberto tem como base a denúncia do Mecanismo Estadual de Proteção e Combate à Tortura. Entre os problemas encontrados na Central há paredes com mofo e sujas, aparelhos de ar condicionado quebrados, ausência de colchões e camas em quantitativo equivalente ao número de policiais, além de carceragem sem iluminação nem ventilação. A situação há anos na especializada é tão precária que por algum tempo policiais chegaram a fazer "cota" para comprar tinta de impressora para imprimir boletins de ocorrência. A denúncia foi publicada neste blog. Meio Ambiente O promotor de Justiça Ricardo Coelho está a frente das investigações sobre a Delegacia de Meio Ambiente. Ele é mais enfático falar sobre a falta de estrutura na especializada. O promotor afirma que pode pedir a interdição do local. Pode ainda denunciar à Justiça o gestor responsável pelo crime de improbidade administrativa. Neste caso, o alvo pode ser o titular da Secretaria de Defesa Social ou da Polícia Civil. "Atualmente, a delegacia não cumpre com a sua missão institucional. Ela existe apenas no papel. Precisamos mudar essa realidade", afirmou Coelho. "A delegacia está sem delegado, esvaziada e ainda faltam equipamentos, por isso a necessidade de uma intervenção", completou. Outro Lado Procurada, a Polícia Civil de Pernambuco deve se pronunciar ainda nesta manhã sobre as investigações. Leia Mais Ministério Público investiga Governo de Pernambuco por omissão na área da segurança    

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