Comerciante suspeito de assassinar fisioterapeuta negou crime à polícia. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Em decisão sobre a prisão preventiva do comerciante Edvan Luiz da Silva, de 32 anos, suspeito de assassinar a
fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, 28 anos, em um flat em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a juíza Blanche Maymome foi enfática: "A conduta criminosa supostamente cometida pelo autuado fere concretamente a ordem pública, causando clamor social pelos requintes de crueldade como foi praticado, constando informações, inclusive, de ter havido violência sexual, tudo demonstrando a periculosidade do agente (Edvan)".
Durante a audiência de custódia para definir se o comerciante iria ter a prisão preventiva decretada, na quinta-feira (06), a magistrada ainda destacou, na decisão, que o depoimento de uma testemunha revela que o suspeito "já assediava moças e as convidava para consumo de entorpecentes e supostamente se aproveitou da condição de vizinho da vítima para cometer o crime de forma bárbara".
Outro depoimento semelhante, de uma vizinha, reforça a tese, conforme publicado nessa sexta-feira (07), no
Ronda JC.
A audiência de custódia contou com a presença de 11 pessoas: além da juíza e do suspeito, estavam presentes dois advogados de defesa, um promotor de Justiça, uma servidora do Fórum Rodolfo Aureliano, e mais quatro policiais militares. Como medida de segurança, para preservar a integridade física de todos, o comerciante permaneceu algemado. Questionado sobre o crime, Edvan Luiz permaneceu calado. A juíza, então, passou a palavra ao Ministério Público que opinou pela prisão preventiva do suspeito. A defesa solicitou a liberdade provisória. A Justiça, porém, decidiu pela prisão preventiva.
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Isolado no Cotel
Edvan Luiz está no Centro de Observação e Triagem (Cotel) desde a noite da quinta-feira.
Está isolado dos outros presos, como medida de segurança para evitar que ele sofra algum tipo de violência. Na próxima semana, a Polícia Civil deve concluir o inquérito sobre o caso.
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