Comerciante acusado de assassinar fisioterapeuta negou crime à polícia. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
A Justiça marcou para o próximo dia 20 de setembro a segunda audiência de instrução e julgamento do comerciante
Edvan luiz da Silva, de 32 anos, acusado de estuprar e assassinar a fisioterapeuta Tássia Mirella Sena de Araújo, 28, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A nova audiência, no Fórum Thomaz de Aquino, será para interrogatório do réu. Como determina a lei, ele poderá optar por permanecer em silêncio.
Após essa etapa, defesa e acusação terão que apresentar as alegações finais do processo. As partes poderão fazer isso ainda durante a audiência ou, em consenso, poderão apresentar os argumentos por escrito em um prazo de até dez dias. Ao final, o juiz decidirá se o comerciante irá a júri popular.
A primeira audiência, em junho deste ano, ouviu 13 testemunhas de acusação. Todas apontaram o perfil violento e agressivo de Edvan. Alguns ainda afirmaram que ele assediava mulheres e oferecia drogas. Ao final, a defesa do réu solicitou que peritos responsáveis pelos laudos da investigação também fossem ouvidos. Por isso, uma nova audiência foi marcada. O juiz Abérides Nicéas, da Terceira Vara do Tribunal do Júri da Capital, determinou que os advogados de Edvan apresentassem as questões que devem ser esclarecidas pelos peritos (
leia detalhes das perícias) e quais profissionais deveriam ser intimados. Como isso não aconteceu no prazo determinado, os peritos não serão mais intimados a prestar esclarecimentos.
Entenda o caso
Edvan foi denunciado por estupro e por homicídio quadruplamente qualificado (assegurar a ocultação de outro crime, sem possibilidade de defesa da vítima, emprego cruel e feminicídio). Apesar de negar o crime, segundo a polícia, provas materiais, como o DNA do comerciante encontrado nas unhas da vítima, comprovaram a responsabilidade dele.
Entre as provas, apontadas em um laudo confeccionado por um médico legista do Instituto de Medicina Legal (IML), foram identificadas lesões espalhadas pelo corpo do acusado. As marcas demonstram que houve luta corporal entre vítima e assassino. A fisioterapeuta tentou se defender, resistiu até o fim, para não ser abusada sexualmente. O crime aconteceu em abril deste ano.
“Se aproveitou da condição de vizinho para cometer crime bárbaro”, diz juíza sobre Caso Mirella
A fisioterapeuta Tássia Mirella foi assassinada em flat no bairro de Boa Viagem. Para a polícia, crime foi premeditado. Foto: TV Jornal/Reprodução
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