MPPE denuncia estudante por triplo homicídio em acidente na Tamarineira

Publicado em 07/12/2017 às 18:56 | Atualizado em 07/12/2017 às 19:15
Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira está no Cotel. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira está no Cotel. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
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Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira está no Cotel. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem O estudante João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, foi denunciado à Justiça por triplo homicídio doloso (com intenção de matar) duplamente qualificado e por duas tentativas de homicídio. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) confirmou na noite desta quinta-feira (07) a denúncia - três dias após a Polícia Civil concluir o inquérito que apurou o grave acidente ocorrido no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife no último dia 26. A promotora de Justiça Ana Maria Sampaio Barros de Carvalho também solicitou que a Justiça mantenha o estudante preso preventivamente. Diferente do entendimento da Polícia Civil, o MPPE entendeu que o indiciamento por triplo homicídio e por duas lesões corporais graves deveria ser mudado para "triplo homicídio duplamente qualificado e duas tentativas de homicídios" - o que significa que a pena máxima poderá ser bem maior que 70 anos. Na decisão sobre a denúncia, a promotora destacou ainda duas qualificadoras para o crime: prática delitiva que resultou em perigo comum àqueles que trafegavam naquelas vias públicas, motoristas, motociclistas, ciclistas e/ou pedestres e a impossibilidade de defesa das vítimas. Por fim, o MPPE requereu a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação do denunciado e a posterior declaração de inabilitação para dirigir veículo, nos termos do artigo 92, inciso III do Código Penal. "Um automóvel nas mãos do denunciado é um instrumento para a prática de crimes e, deflui do que foi apurado no Inquérito Policial, que se colocado em liberdade, voltará a praticar conduta semelhante, estando vulnerada a Ordem Pública”, pontuou a promotora. Agora, a Justiça terá dez dias para decidir se aceita denúncia do MPPE. Depois disso, dará um prazo para que os advogados apresentem a defesa do acusado. Só então o processo segue o curso natural, com as audiências de instrução e julgamento para definir se o estudante irá ou não a júri popular. João Victor está preso no Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. Leia o que disse o juiz sobre a decisão. O ACIDENTE Mistura de álcool, direção e alta velocidade provocaram tragédia na Tamarineira. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem O veículo conduzido por João Victor Ribeiro Leal bateu contra o veículo onde estavam as vítimas fatais Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, Roseane Maria de Brito Souza e Miguel Arruda da Motta Silveira Neto; e Miguel da Motta Silveira e Marcela Guimarães da Motta Silveira, que foram vítimas dos homicídios tentados. A tragédia ocorreu no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, na Tamarineira. Perícia revelou que o estudante estava a 108 km/h, quando o máximo permitido na via era de 60km/h. Além disso, avançou o sinal vermelho. No dia acima citado foi realizado o teste de alcoolemia no imputado, tendo sido registrado nível de 1,03 miligrama de álcool por litro de ar, patamar mais de três vezes superior ao limite permitido por lei. LEIA TAMBÉM Caso Betinho: ‘Esperamos que a Justiça absolva meu filho’, afirma pai de acusado Justiça decreta prisão de policiais suspeitos de extorsão em Olinda Promotores de Justiça deixam investigações sobre morte da menina Beatriz      

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