Falta de policiamento e aumento da violência impõem medo em Igarassu

Publicado em 11/01/2018 às 7:25 | Atualizado em 11/01/2018 às 7:44
Aumento da violência em Igarassu pode ter relação com delegacia fechada e pouco policiamento . Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal
FOTO: Aumento da violência em Igarassu pode ter relação com delegacia fechada e pouco policiamento . Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal
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Aumento da violência em Igarassu pode ter relação com delegacia fechada e pouco policiamento . Foto: Rafael Carneiro/Rádio Jornal Reunião realizada nesta semana pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) detectou uma série de problemas de segurança no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Pouco policiamento e a delegacia em horário reduzido estão entre os pontos relacionados ao avanço da violência. Entre janeiro e novembro de 2017, foram registrados 85 homicídios na cidade. Foi o pior resultado registrado dos últimos 12 anos. Em 2016, por exemplo, foram 63 mortes. Durante a reunião, com representantes da prefeitura e da Polícia Militar, o secretário de Segurança Cidadã de Igarassu, André Milano, destacou a preocupação com o fechamento da delegacia de polícia no período noturno e fins de semana. Segundo ele, as ocorrências estão sendo encaminhadas para Paulista e isso tem se traduzido em menos eficiência no combate à criminalidade. “Sempre que há uma ocorrência e uma viatura (da PM) se desloca pra lá, passa o dia todo fora e deixa o município de Igarassu desfalcado”, alertou. O diretor do Hospital Municipal de Igarassu, Ceciliano Uchôa, denunciou a falta de policiamento na unidade. Segundo ele, é comum chegarem pessoas com ferimentos por armas de fogo e faca. “Às vezes a gente vê um movimento estranho, ouve falar que o autor das agressões foi ao hospital para terminar o serviço. Os funcionários e pacientes se sentem vulneráveis”, disse. Um ofício conjunto ao comandante do 17º Batalhão de PM solicitando o destacamento de dois policiais para a unidade de saúde no prazo máximo de 15 dias. O tenente Túlio Campos, representante do 17º BPM, confirmou que falta efetivo policial para a cidade. Segundo ele, existem no momento 62 policiais militares destacados para atuar em Igarassu, dos quais cerca de metade atua no policiamento ostensivo (nas ruas). “Já foi definida pelo governo do Estado a subdivisão do 17º BPM, que vai passar a cobrir apenas Paulista e Abreu e Lima, com a criação do 26º, que ficará com a área de Igarassu, Itapissuma, Araçoiaba e Itamaracá. Essa medida, junto com a formação de novos policiais militares, pode trazer um aumento do efetivo”, afirmou. MEDIDAS Os promotores de Justiça Alexandre Saraiva e Rosemilly Pollyana de Sousa destacaram que chegaram à Comarca de Igarassu no último trimestre de 2017 e que a conversa visava conhecer os integrantes dos vários órgãos que atuam na promoção da segurança pública. “Queremos conhecer a realidade de perto, especialmente das Polícias Civil e Militar, que atuam na ponta. Nosso desejo é não parar por aqui, mas fazer reuniões periódicas, ouvir a população e formalizar a adesão de Igarassu ao projeto Pacto dos municípios pela segurança pública”, afirmou o promotor. Outra deliberação foi a criação de um Comitê Municipal de Segurança Pública, com a participação de autoridades públicas e representantes dos bairros de Igarassu. LEIA TAMBÉM A cada hora, 14 roubos ou furtos são registrados em Pernambuco Delegacias da Mulher fechadas nos horários em que elas mais precisam Delegacias do Grande Recife fechadas à noite e nos fins de semana      

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