Acidente na Tamarineira: universitário vai para o banco dos réus em maio

Publicado em 06/03/2018 às 8:30 | Atualizado em 06/03/2018 às 8:39
Mistura de álcool, direção e alta velocidade provocou tragédia na Tamarineira. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
FOTO: Mistura de álcool, direção e alta velocidade provocou tragédia na Tamarineira. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem
Leitura:
Mistura de álcool, direção e alta velocidade provocou tragédia na Tamarineira. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem O universitário João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos, autor do grave acidente que deixou três pessoas mortas e duas gravemente feridas no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, vai sentar no banco dos réus. O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) marcou para o dia 07 de maio deste ano a primeira audiência de instrução e julgamento do caso. Nesta fase do processo, testemunhas de acusação, arroladas pelo Ministério Público, e de defesa, arroladas pelos advogados do réu, serão ouvidas em juízo. Por último, será a vez do universitário prestar depoimento. Ele pode optar pelo silêncio. Concluída a audiência de instrução, tanto a acusação como a defesa terão até dez dias para apresentar as alegações finais. Então o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti, da 1ª Vara do Júri da Capital, decidirá se o réu irá a júri popular. O universitário João Victor está preso desde 26 de novembro de 2017, dia do acidente. O carro conduzido por ele bateu contra o veículo onde estavam Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, Roseane Maria de Brito Souza e Miguel Arruda da Motta Silveira Neto (que morreram) e Miguel da Motta Silveira e Marcela Guimarães da Motta Silveira, que sobreviveram à tragédia. O acidente ocorreu no cruzamento da Avenida Rosa e Silva com a Rua Cônego Barata, na Tamarineira. A perícia do Instituto de Criminalística revelou que o estudante estava a 108 km/h, quando o máximo permitido na via era de 60 km/h. Ele também avançou o sinal vermelho. O teste de alcoolemia registrou nível de 1,03 miligrama de álcool por litro de ar, três vezes superior ao limite permitido por lei. O universitário responde a processo por triplo homicídio doloso (com intenção de matar) duplamente qualificado e por dupla tentativa de homicídio. A defesa do acusado chegou a solicitar à Justiça que a prisão preventiva fosse convertida em domiciliar, sob a alegação de que ele precisava de tratamento, mas o pedido foi negado no início de janeiro.   DENÚNCIA Motorista que causou acidente trágico na Tamarineira está preso. Foto: Felipe Ribeiro/JC Imagem João Victor foi denunciado à Justiça em dezembro de 2017, três dias após a Polícia Civil concluir o inquérito que apurou o grave acidente na Tamarineira. Diferente do entendimento da polícia, o MPPE decidiu que o indiciamento por triplo homicídio e por duas lesões corporais graves deveria ser mudado para triplo homicídio duplamente qualificado e duas tentativas de homicídios - com acréscimo de duas qualificadoras: prática delitiva que resultou em perigo comum àqueles que trafegavam naquelas vias públicas, motoristas, motociclistas, ciclistas e/ou pedestres e a impossibilidade de defesa das vítimas. O MPPE também requereu a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação do denunciado e a posterior declaração de inabilitação para dirigir veículo. LEIA TAMBÉM TJPE nega indenização de R$ 200 mil para Delma Freire Explosão da violência em 16 municípios de Pernambuco Só 32% das investigações de homicídios em Pernambuco foram concluídas em 2017 Acusado de assassinar a estudante Remís Costa vira réu

Últimas notícias