Caso Serrambi: 'Pagar por uma coisa que não fez é difícil', diz kombeiro

Publicado em 20/12/2018 às 8:15
Kombeiros do Caso Serrambi comemoraram fim do processo. Foto: JC Imagem/Arquivo
FOTO: Kombeiros do Caso Serrambi comemoraram fim do processo. Foto: JC Imagem/Arquivo
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Kombeiros do Caso Serrambi comemoraram fim do processo. Foto: JC Imagem/Arquivo O kombeiro Valfrido Lira, que por quase 16 anos foi acusado de ter sido um dos assassinos das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, na Praia de Serrambi, diz estar aliviado com a notícia de que o processo foi encerrado na última semana. Em entrevista exclusiva ao Ronda JC, Valfrido contou que sempre acreditou na Justiça. "Já esperava por essa decisão. Papai do céu não dorme não. Pagar por uma coisa que não fez é difícil. É duro ser humilhado, mas a Justiça foi feita", afirmou Valfrido. Segundo ele, os três anos que passou preso foi de orações e clamor para que a inocência dele e do irmão, Marcelo Lira, fosse provada. Na semana passada, o processo do Caso Serrambi transitou em julgado e não há mais possibilidade de recursos. Os irmãos kombeiros estão definitivamente absolvidos das acusações de terem assassinado as adolescentes de classe média alta, em 2003. Eles já haviam sido absolvidos em júri popular, em 2010, mas advogados da família de Tarsila recorreram da decisão em segunda instância e também no Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedindo a anulação do júri. Todos os recursos foram negados por unanimidade. Agora, os irmãos pretendem entrar com uma ação indenizatória na Justiça contra o Governo do Estado. "Temos que procurar nossos direitos. Perdemos nosso veículo, ficamos sem trabalhar. Passamos por muito sofrimento, humilhação", disse Valfrido. Ele contou ainda que voltou a trabalhar junto ao irmão transportando passageiros no município de Ipojuca. "IMPUNIDADE" O advogado Bruno Lacerda, contratado pela família de Tarsila, lamentou que o processo tenha chegado ao fim sem que os kombeiros fossem condenados pelo crime. "A impunidade prevaleceu, infelizmente. Não havia possibilidade jurídica de interposição de recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, por isso a decisão transitou em julgado e foi definida", disse.   CLIQUE AQUI E CONFIRA CRONOLOGIA DO CASO    

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