Trio é acusado de assassinatos, esquartejamento, canibalismo e ocultação de cadáver. Crédito: Ascom TJPE
A pedido do Ministério Público de Pernambuco, a polícia está investigando um suposto caso de canibalismo no Centro do Recife. Os suspeitos do crime são Jorge Beltrão Negromonte, Isabel Cristina Pires e Bruna Oliveira da Silva, trio que já foi condenado duas vezes pelos homicídios de três mulheres no Estado.
Conhecidos como os Canibais de Garanhuns, eles estão presos desde 2012.
O delegado Diego Acioli, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está a frente da investigação. "Os suspeitos já moraram no Centro do Recife. Recentemente, o Ministério Público enviou à polícia uma ouvida antiga em que há a informação de que o trio pode ter cometido o homicídio de outra mulher nessa área, por isso estamos apurando", explicou.
Segundo Acioli, o trio foi ouvido novamente no mês passado, mas se negou a falar sobre a suspeita de outro caso de canibalismo. "Eles disseram que, por orientação dos advogados, só falariam sobre os casos em que os corpos foram encontrados. Vamos continuar investigando, mas até o presente momento não temos nenhum indicativo de onde pode estar esse corpo", afirmou o delegado.
Em 2012, quando os crimes cometidos pelos canibais foram descobertos, a polícia investigou a suspeita de pelo menos oito mortes, mas só conseguiu confirmar três - sendo duas em Garanhuns, no Agreste pernambucano, e uma em Olinda, no Grande Recife.
RELEMBRE O CASO
Segundo as investigações da Polícia Civil, os Canibais de Garanhuns premeditaram todos os crimes. Eles atraíam as vítimas com o convite para trabalharem como babás. Na residência deles, as vítimas eram assassinada, esquartejadas e depois era praticado o canibalismo. Com os restos mortais, o trio ainda recheava salgados - como empadas e coxinhas - e vendia na cidade de Garanhuns.
Em dezembro de 2018, o trio foi condenado pelas mortes de Alexandra Falcão, 20 anos, e Giselly Helena, 31. Ambos os crimes foram em Garanhuns. Jorge Beltrão e Bruna foram condenados a uma pena de 71 anos de reclusão, cada um. Isabel pegou 68 anos. Em 2014, o trio também já havia sido condenado pela morte de Jéssica Camila da Silva Pereira, 17 anos, em Olinda.