Justiça manda motorista que destruiu a Estação Ponte D'Uchôa pagar R$ 169 mil

Publicado em 08/01/2020 às 8:00 | Atualizado em 08/01/2020 às 11:08
Ponte D'uchôa ficou parcialmente destruída após ser atingida pelo carro em alta velocidade. Foto: Cortesia/Arquivo
FOTO: Ponte D'uchôa ficou parcialmente destruída após ser atingida pelo carro em alta velocidade. Foto: Cortesia/Arquivo
Leitura:
Ponte D'uchôa ficou parcialmente destruída após ser atingida pelo carro em alta velocidade. Foto: Cortesia/Arquivo Mais de seis anos depois do acidente que destruiu parcialmente a Estação da Ponte D'Uchôa, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiu que o motorista e a mãe dele, dona do veículo, terão que pagar uma indenização de R$ 169 mil para cobrir os gastos da prefeitura com a reforma. O acidente ocorreu em 28 de outubro de 2013. Segundo as investigações da Polícia Civil, Vinícius Freitas Cândido estava bêbado e dirigia um carro Ford Fusion em alta velocidade. A batida provocou danos gravíssimos ao monumento, causando desmoronamento da parte do telhado e danos na estrutura de alvenaria de tijolos da guarita com o desmoronamento e rachaduras. A decisão da Quarta Vara da Fazenda Pública foi publicada nessa terça-feira (07) no Diário de Justiça Eletrônico. Na sentença, a juíza Milena Flores Ferraz Cintra destacou que restou clara a culpa do motorista pela destruição parcial da Ponte D'Uchôa. Entre as provas, imagens de câmeras, depoimentos de testemunhas e a conclusão do inquérito policial. "O próprio réu admite que conduzia o automóvel acima da velocidade permitida na via no depoimento prestado a Polícia Civil", declarou a magistrada na decisão. A defesa dos réus ainda pode recorrer da decisão judicial em segunda instância. INDICIAMENTO Na época do acidente, o motorista negou à imprensa que estivesse sob efeito de álcool e em alta velocidade, mas imagens das câmeras comprovaram que o carro vinha acima do limite permitido. Vinícius foi indiciado nos artigos 306 do Código de Trânsito Brasileiro (conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool) e 311 (trafegar em velocidade incompatível com a segurança gerando perigo de dano). Após o acidente, a Prefeitura do Recife entrou com a ação pedindo o pagamento dos custos da reforma, que durou três meses. Além de Vinícius, a mãe dele, Marlúcia Freitas Cândido, dona do veículo, também foi processada. Na audiência, apesar das provas, a defesa alegou "ausência de embriaguez do condutor e falta de prova que trafegava em alta velocidade" e disse que o não houve culpa do motorista no acidente. SENTENÇA   LEIA TAMBÉM Justiça condena youtubers que invadiram presídio para fazer pegadinha Justiça nega indenização para a mãe de Alcides, estudante morto no Recife

Últimas notícias