O delegado Carlos Couto está a frente das investigações do golpe aplicado no Recife. Foto: JC Imagem/Arquivo
Subiu para oito o número de homens que procuraram a Delegacia de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife, para denunciar que foram
vítimas do golpe "boa noite, Cinderela". Segundo o delegado Carlos Couto, responsável pelas investigações, um policial civil e um militar também caíram na armadilha, foram dopados e tiveram pertences levados. A suspeita, uma mulher de 36 anos, foi detida na semana passada, mas foi liberada porque não houve o flagrante.
Segundo ele, todas as vítimas têm perfis semelhantes. "Os homens têm mais de 50 anos, com exceção de um mais novo. Os relatos são parecidos, mas, em dois casos, os sedativos foram colocados em sorvetes", explicou o delegado.
Nem todos os golpes acontecerem em motéis. Em um dos casos, a vítima foi dopada na praia. "A suspeita só chegou a subtrair uma pequena quantidade de dinheiro que estava na carteira, porque a vítima dirigiu e teve uma colisão com a mulher dentro do carro", disse Couto.
Na semana passada, o
Ronda JC revelou uma investigação para identificar e prender uma mulher e dois homens que teriam aplicado o golpe contra um metroviário. Segundo a polícia, o homem, que é casado, conheceu a golpista por meio de um aplicativo de relacionamentos. Marcou um encontro em um posto de combustíveis e os dois acabaram em um motel. Lá, a mulher teria colocado uma substância na cerveja ingerida pelo metroviário, que dormiu mais de seis horas após ter relações sexuais. Quando acordou, a vítima estava passando mal e a suspeita já havia ido embora. Ele teve os cartões levados. O prejuízo foi de mais de R$ 8 mil.
Após a repercussão do caso, outras vítimas começaram a procurar a delegacia e a mulher acabou detida. Ela confessou o golpe, mas acabou liberada porque não havia mandado de prisão, nem flagrante. As investigações continuam para identificar os comparsas e indiciar os três.
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