Violência

Justiça condena empresário e namorada por agressão a um idoso no Recife

Bruno Nunes Elihimas, de 35 anos, foi filmado espancando a vítima em dezembro de 2018

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 03/09/2020 às 10:43 | Atualizado em 04/09/2020 às 9:45
Foto: Reprodução
A agressão aconteceu no dia 29 de dezembro de 2018 - FOTO: Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) condenou o empresário e fisioculturista Bruno Nunes Elihimas, de 35 anos, e a namorada dele, Edylla Katharine de Oliveira Carneiro, por lesão corporal grave. O processo é referente à agressão sofrida por um idoso de 61 anos, que trabalhava como flanelinha, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife, em dezembro de 2018. A ação foi filmada por câmeras de segurança e causou revolta pelo País. O juiz Ivan Alves de Barrros, da 8ª Vara Criminal da Capital, foi o responsável pela sentença condenatória. 

A coluna Ronda JC teve acesso à íntegra da sentença. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Bruno e a namorada agiram e premeditado porque a vítima, William José de Souza, teria se desentendido com Edylla anteriormente. O idoso foi atacado com murros e chutes e perdeu vários dentes. A agressão aconteceu em frente ao edifício onde a namorada de Bruno ainda morava com o ex-marido. Na época, a vítima afirmou que "Se não tivesse corrido, ele teria me matado".

Dias após o fato, Bruno foi preso preventivamente. Ele permaneceu cerca de sete meses no Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. 

À Justiça, o empresário afirmou que as agressões foram cometidas porque a namorada era agredida verbalmente pelo idoso. Bruno teria tentado um diálogo com a vítima, que também o teria desrespeitado. Ainda no depoimento, disse "que quando percebeu já estava em cima de William e teve a reação espontânea de parar; que parou quando percebeu que tinha agido de forma desproporcional e que não tinha buscado o seu direito da forma correta". 

"As informações colhidas confirmam que o acusado agrediu covardemente à vítima, tendo-se ainda registro desse fato em vídeo. Ressalto que esses fatos se deram em virtude de desavença existente entre a vítima William José e a acusada Edylla, que alegou ter sofrido um aborto após essa discussão. Nenhum laudo médico foi juntado pela Defesa a fim de comprovar que Edylla esteve grávida ou tenha sofrido um aborto. Os depoimentos e interrogatórios demonstram que o acusado Bruno não tinha qualquer contato com a vítima William e que o seu ataque de fúria foi originado pela instigação e informações repassadas Edylla", afirmou o juiz, na sentença. 

PENAS

Bruno Nunes Elihimas foi condenado a quatro anos de prisão em regime semiaberto. Como já esteve preso entre dezembro de 2018 e julho de 2019, o juiz concedeu a progressão de pena para o regime aberto. 

Já Edylla Katharine de Oliveira Carneiro, que desde o início responde ao processo em liberdade, foi condenada a dois anos e oito meses de prisão. Como é ré primária e a pena é inferior a quatro anos, o magistrado também determinou que ela cumpra a pena em regime aberto. 

No regime aberto, como determina a lei, os condenados podem trabalhar durante o dia. À noite, devem permanecer reclusos em casa. 

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