JUSTIÇA

Promotora do Caso Tamarineira já conseguiu condenação de réus em outros casos de repercussão

Eliane Gaia é conhecida pelo perfil firme, provocativo e por exigir pena máxima àqueles que ela considera culpados pelos crimes

Imagem do autor
Cadastrado por

Raphael Guerra

Publicado em 17/03/2022 às 22:43 | Atualizado em 17/03/2022 às 23:40
Notícia
X

A promotora de Justiça Eliane Gaia, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi responsável pela acusação do réu João Victor Ribeiro de Oliveira, condenado pela Justiça por triplo homicídio duplamente qualificado e dupla tentativa de homicídio relacionados à colisão que ele provocou no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, em novembro de 2017. A sentença foi anunciada na noite desta quinta-feira (17).

Outros júris de casos de repercussão em Pernambuco também tiveram a acusação sob a liderança da promotora Eliane Gaia, conhecida pelo perfil firme, provocativo e por exigir pena máxima àqueles que ela considera culpados pelos crimes.

 

O júri popular de repercussão mais recente foi em novembro de 2021. A promotora conseguiu a condenação de Paulo César de Oliveira Silva, a 18 anos de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado (feminicídio em situação de violência doméstica e familiar, por motivo fútil e empregando meio que impossibilitou a defesa à vítima) e ocultação de cadáver praticados contra a estudante de pedagogia Remís Carla Costa em 17 de dezembro de 2017.

FACEBOOK/REPRODUÇÃO
FEMINICÍDIO Estudante foi morta após discussão com namorado em 2017 - FACEBOOK/REPRODUÇÃO

O julgamento foi no Fórum Thomaz de Aquino, no Centro do Recife. A promotora de Justiça Eliane Gaia ressaltou que a tese da acusação foi focada em pedir Justiça para Remís e seus familiares.

"Mostramos a situação de violência física, psicológica, econômica e moral que ela vinha sofrendo em razão do seu relacionamento com o acusado. Paulo César era controlador e não admitia que Remís, uma mulher de 24 anos que estava concluindo o curso de Pedagogia, tivesse uma vida livre, amigos ou sucesso profissional. É um exemplo clássico de feminicídio, pois o feminicida mata a vítima privando-a da sua liberdade e autonomia, antes mesmo de eliminar a sua vida", resumiu a promotora de Justiça, na época.

CANIBAIS DE GARANHUNS

A promotora Eliane Gaia também foi responsável pela acusação do trio que ficou conhecido como os Canibais de Garanhuns. O júri popular aconteceu no Fórum de Olinda em novembro de 2014.

Os réus Jorge Negromonte, Isabel Cristina e Bruna Cristina - acusados de matar a adolescente Jéssica Camila Pereira da Silva, em 2008 - foram condenados após dois dias de julgamento.

Foto: Cortesia/PCPE
Julgamento, que havia sido adiado em novembro deste ano, ocorrerá no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano - Foto: Cortesia/PCPE

Na ocasião, Jorge Beltrão foi condenado a 21 anos e seis meses de reclusão, além de um ano e seis meses de detenção. Isabel Cristina foi condenada a 19 anos de reclusão. Bruna também foi condenada a 19 anos de reclusão e mais um ano de detenção. 

Em 2019, após recurso do Ministério Público, os desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decidiram aumentar as penas condenatórias. Jorge recebeu 27 anos de prisão e um ano e meio de detenção. Isabel e Bruna passaram para 24 anos de prisão e um de detenção.

Jorge, Isabel e Bruna seguem presos. 

 

Tags

Autor