Semáforo funcionava de forma adequada, diz perito sobre colisão que matou três pessoas na Tamarineira
O perito destacou que o carro de João Victor Ribeiro estava a 108 km/h e o da família, a 30 km/h
O perito Vinícius Nogueira Trajano foi ouvido nesta terça-feira (15) durante o julgamento de João Victor Ribeiro, motorista que colidiu com o carro do advogado Miguel da Motta Silveira Filho, matando três pessoas, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife, em 2017.
Durante sua fala, o perito destacou que o semáforo estava funcionando de forma adequada, que não havia árvore que dificultasse a visualização do sinal de trânsito e que o Ford Fusion pilotado por João Victor Ribeiro estava a 108 km/h, enquanto o veículo das vítimas seguia a 30 km/h.
O julgamento acontece no Fórum de Joana Bezerra, na área central do Recife. Confira:
"Analisei o isolamento do local, se estava isolado de forma adequada. Começamos a fazer o registro fotográfico pelas vias, fotos panorâmicas, detalhes de vestígios na via, avarias, a sinalização das vias. Fazemos o registro para chegar à dinâmica do acidente. Procuramos entender a sinalização da via, o desenho da via e os sinais funcionando de forma adequada. Não estava chovendo, a via estava seca e com visibilidade satisfatória", disse.
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De acordo com o perito, o exame das vias aponta que não houve frenagem antes do ponto de colisão. Ele ainda destacou que a alta velocidade dificulta esse tempo para a reação e que acidentes assim são mais comuns em rodovias, não em áreas residenciais. "Quanto maior a velocidade, menor o tempo de reação".
O perito destacou, também, que o semáforo estava verde para a família há 22 segundos e que na via pela qual João Victor passou, havia um carro parado, na faixa da direita, esperando justamente pelo momento em que o semáforo abrisse.