CORRUPÇÃO

Bens apreendidos por lavagem de dinheiro serão revertidos para a Polícia Civil de Pernambuco

Recursos serão usados para melhorias e também a modernização de instrumentos de combate aos crimes no Estado

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Raphael Guerra

Publicado em 23/05/2022 às 7:00
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Bens apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco relacionados a crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de valores poderão ser convertidos para uso da própria corporação no combate a outros crimes. É o que prevê um decreto estadual regulamentador, publicado na última semana. 

O Fundo de Reequipamento da Polícia (Funrepol), que já existe há 21 anos, foi alterado justamente por meio desse decreto assinado pelo governador Paulo Câmara. Agora, a partir do momento em que os bens apreendidos tiverem a sua perda decretada Justiça (quando os processos transitam em julgado), esses valores serão convertidos pela melhorias e modernização da própria Polícia Civil. 

Interessante pontuar que, nos últimos anos, com a criação do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), a corporação conseguiu ampliar o número de operações de combate à corrupção em Pernambuco - e consequentemente a apreensão de valores em dinheiro e bens irregulares.

Entre 2018 e 2021, segundo dados da Polícia Civil, foram cerca de 100 operações de repressão qualificada. Além disso, mais de 1,2 mil mandados de prisão e mais de 500 de busca e apreensão foram cumpridos. No total, cerca de R$ 278 milhões em bloqueio judicial de contas de investigados.

COMBATE À CORRUPÇÃO

Atualmente, há quatro delegacias especializadas no combate à corrupção em Pernambuco. A 1ª para investigar crimes no Grande Recife e a 2ª na Zona da Mata. Já a 3ª delegacia fica em Caruaru, no Agreste, para apurar os casos de corrupção naquela região. Já a 4ª, no município de Petrolina, contempla o Sertão.

Há uma promessa da Polícia Civil de criar mais quatro delegacias, que devem ser instaladas em cidades da Zona da Mata, Agreste e Sertão.

 

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