SEGURANÇA

Policial civil cria aplicativo para facilitar comunicação com deficientes auditivos nas delegacias

Iniciativa já está sendo adotada numa delegacia do interior de Pernambuco, mas ideia é ampliar para que os deficientes auditivos sejam facilmente entendidos

Raphael Guerra
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Raphael Guerra
Publicado em 30/08/2022 às 17:42 | Atualizado em 31/08/2022 às 10:18
CORTESIA
INICIATIVA A policial civil Carolina Barbosa criou tecnologia após perceber dificuldade de comunicação - FOTO: CORTESIA
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Uma agente da Polícia Civil de Pernambuco criou um aplicativo para garantir a comunicação dos deficientes auditivos que procurem atendimento nas delegacias - principalmente no momento dos registros dos boletins de ocorrência. 

Lotada na Delegacia da Jaqueira, na Mata Sul de Pernambuco, a agente Carolina Barbosa percebeu a necessidade do uso da tecnologia no momento em que uma mulher surda foi à delegacia e não conseguiu se comunicar bem com o comissário que estava de plantão. O policial se reportava apenas à mãe da mulher por não entender da lingua de sinais.

Carolina, que entendia um pouco de libras, percebeu que a mãe passava as informações de forma equivocada e ajudou na comunicação da jovem que tinha a deficiência.

Após esse episódio, a agente policial resolveu voltar a fazer um curso técnico em libras. Como projeto de pesquisa, estudou a criação de um aplicativo que ajudasse na comunicação dos policiais com os deficientes auditivos. 

"Muitas vezes a pessoa surda evita ir à delegacia porque acha não será bem atendida. O policial, por não entender de libras, pergunta para a pessoa do lado e não dá a atenção devida àquela pessoa com deficiência", pontua Carolina.

CRIAÇÃO DO APLICATIVO 

Com a ideia do aplicativo, chamado de LibrasCop, a policial procurou na internet uma plataforma que ajudasse na criação da tecnologia. Após mais estudos e seguindo o passo a passo, ela concluiu o app.

"O aplicativo serve para aquele policial que não sabe nada em libras, para ele olhar e saber dar um bom dia, além de dizer frases e expressões mais usadas, como a tipificação dos crimes mais comuns. Observei os termos mais falados e os B.Os e fui acrescentando ao vocabulário. A ideia é que outros colegas policiais tragam outras frases usadas para que o aplicativo seja atualizado", explica.

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