Em agosto de 2022, o Recife teve a maior quantidade de roubos do ano: foram 1.803 registros de bens subtraídos na cidade. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (15) pela Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE).

O levantamento também mostrou um aumento de +9,81% desse tipo de crime entre agosto deste ano e o de 2021 na capital pernambucana. Em agosto do ano passado, foram registrados 1.642 roubos no Recife.

De janeiro a agosto, 12.751 roubos foram reportados às autoridades na cidade. Em todo o ano de 2021, de janeiro a dezembro, foram 17.942.

A nível estadual, no acumulado de janeiro a agosto, os roubos diminuíram de 35.066, em 2021, para 34.685, em 2022. Em agosto de 2021, foram feitas 4.457 denúncias - número que foi para 4.365 em agosto 2022 (-2%).

No Sertão, houve queda de 22,09% entre agosto de 2021 e agosto de 2022 na estatística de subtração de bens. Na Região Metropolitana do Recife, a baixa foi de 16,78%. A Zona da Mata seguiu o ritmo, vendo queda de 10,48% nas denúncias de roubo.

Por outro lado, no Agreste, a alteração foi de 701, em 2021, para 793 crimes patrimoniais, em 2022 - uma alta de 13,12%.

Cresce violência doméstica

Os dados de violência doméstica contra a mulher subiram em Pernambuco. Entre agosto de 2021 e agosto de 2022, a alta foi de 3,3%, passando de 3.542 casos de agressão para 3.659. Ao comparar o acumulado entre os anos, o número também preocupa, foi de 27.235 agressões em 2021 para 27.313 em 2022, um aumento de 0,2%.

Houve redução no número de feminicídios, com queda de 14,3% entre janeiro e agosto, diminuindo de 63 casos em 2021 para 54 boletins de ocorrência em 2022, e no de estupros, que em agosto de 2022 tiveram 169 denúncias, uma redução de 7,65% quando comparado ao mês correlato de 2021, que tiveram 183 queixas.

Homicídios em alta no acumulado anual

Pernambuco teve redução de 23,4% no número de homicídios comparando os meses de agosto de 2021, quando foram registrados 282 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), com o de 2022, quando a taxa foi para 216.

Mesmo assim, a estatística deste ano segue acima da do ano passado ao olhar para o acumulado. Isso porque de janeiro a agosto de 2022, 2.317 pessoas foram assassinadas no Estado, enquanto foram registradas 2.227 vítimas no mesmo período de 2021 - uma alta de 4%.

A meta do programa Pacto pela Vida é de redução anual de 12%.

O secretário de Defesa Social, Humberto Freire, pontuou que não comemora os números, mas que está confiante de que, pelas projeções, de chegar ao fim do ano com uma sequência de resultados importantes. "Ressalte-se, ainda, que estamos mantendo a política de ingresso permanente de efetivo nas forças de segurança, com o lançamento, neste segundo semestre, de editais para contratação de mais de 4.700 profissionais para as polícias Militar, Civil, Científica e Corpo de Bombeiros”, garantiu.

“Após um ano de 2021 com as menores taxas de homicídios e roubos da nossa série histórica, estamos obtendo resultados expressivos também este ano, a partir de muito trabalho, replanejamento de ações, intensificação da prevenção e repressão nas Áreas Integradas de Segurança com manchas criminais aquecidas. Somados a isso, há investimentos significativos, a partir dos diagnósticos feitos no Pacto pela Vida", disse.