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Coronavírus: uso da cloroquina é autorizado só para pacientes graves

O anúncio foi feito, na coletiva de imprensa desta quarta-feira (25), pelo ministro Luiz Henrique Mandetta

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 25/03/2020 às 18:57 | Atualizado em 29/03/2020 às 10:06
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O Conselho Federal de Medicina publicou nota técnica permitindo a prescrição do medicamento mesmo em casos leves da doença, com as ressalvas dos riscos - FOTO: PIXABAY

O Ministério da Saúde anunciou, durante a coletiva de imprensa desta quarta-feira (25), a prescrição da cloroquina para casos graves de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. A declaração foi feita pelo ministro Luiz Henrique Mandetta. Também foi divulgado um protocolo para o uso da medicação, nos casos da infecção pelo novo coronavírus, no Brasil. 

O medicamento pode ser usado como terapia adjuvante apenas nas formas graves de covid-19 e em ambiente hospitalar, aliado a outras medidas de suporte. Segundo o Ministério da Saúde, 14% dos pacientes evoluem para casos graves e 5% considerados críticos. 

A indicação da cloroquina considera que não existe outro tratamento específico eficaz disponível até o momento contra o novo coronavírus. O ministro ainda alertou que a medicação não é indicada para tratamento de casos leves de covid-19 nem de forma preventiva, em pessoas saudáveis. 

O medicamento cloroquina, usado há mais de 70 anos para tratar malária, possui ação antiviral in vitro contra o novo coronavírus. Há indicação de melhora dos quadros graves de covid-19. Mas ainda é preciso evidências clínicas mais robustas sobre esse benefício. A única evidência mostra aparente redução da carga de vírus em secreções respiratórias. 

Atualmente, cloroquina e hidroxicloroquina são prescritos para doenças reumáticas, como lúpus eritematoso sistêmico e discoide, artrite reumatoide, osteoartrite, artrite pós-chicungunha e síndrome de Sjogren. 

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