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Covid-19: Vacina para quem tem comorbidades está prestes a começar em Pernambuco; saiba se você se enquadra

Segundo o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, "vai chegar o momento (para a vacinação) das pessoas com comorbidades; é logo a seguir a população de idosos, cuja imunização deve ser completada até o fim de abril ou começo de maio"

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 20/04/2021 às 18:13 | Atualizado em 20/04/2021 às 20:58
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Pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, após a imunização do público a partir de 60 anos, Pernambuco deve imunizar as pessoas que têm comorbidades (existência de uma ou mais doenças simultaneamente), que fazem parte do grupo que convive com problemas de saúde capazes de favorecer o agravamento da infecção pelo novo coronavírus. Essa população faz parte da terceira fase da mobilização no Estado, que não tem data para começar, pois a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES) aguarda o envio de mais doses, pelo Ministério da Saúde, para definir localmente os próximos passos.

"É preciso dizer que a gente ainda não terminou a vacinação dos idosos. Cerca de 75% das pessoas que morreram em Pernambuco, por covid-19, tinha mais de 60 anos. O desafio primeiro de qualquer gestor público é vacinar essa população de idosos e os profissionais de saúde da linha de frente, porque sem eles a gente não atende as pessoas", disse o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, em coletiva de imprensa na última semana. Ele reforçou que "vai chegar o momento (para a vacinação) das pessoas com comorbidades; é logo a seguir a população de idosos, cuja imunização deve ser completada até o fim de abril ou começo de maio", acrescentou Longo.  

Leia também: Pessoas com síndrome de Down estão na próxima etapa de vacinação contra covid-19 em Pernambuco

Confira as comorbidades incluídas como prioritárias para vacinação contra a covid-19

Diabetes mellitus

Qualquer indivíduo com diabetes

Pneumopatias crônicas graves

Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática)

Hipertensão Arterial Resistente (HAR)

HAR é uma condição em que a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos

Hipertensão arterial estágio 3

Pressão arterial sistólica 180mmHg e/ou diastólica 110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade

Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade

A sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade

Doenças cardiovasculares

Insuficiência cardíaca (IC)

IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association

Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar

Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária

Cardiopatia hipertensiva

Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo)

Síndromes coronarianas

Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, outras)

Valvopatias

Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras)

Miocardiopatias e Pericardiopatias

Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática

Doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas

Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos

Arritmias cardíacas

Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras)

Cardiopatias congênita no adulto

Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico

Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados

Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência)

Doença cerebrovascular

Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular

Doença renal crônica

Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica

Imunossuprimidos

Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV/aids; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas

Anemia falciforme

Obesidade mórbida

Pessoas com índice de massa corpórea (IMC) 40

Síndrome de Down

Trissomia do cromossomo 21

Cirrose hepática

Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C

Fonte: Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (atualização de 15 de março de 2021)


 

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