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Covid-19: Pernambuco ultrapassa marca de 1,7 mil leitos públicos de UTI abertos, mas ocupação sobe para 98%

Novos leitos inaugurados não conseguem dar conta do incremento no número de doentes, o que retrata o estrangulamento da rede com a alta das internações

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Cinthya Leite

Publicado em 31/05/2021 às 15:35 | Atualizado em 31/05/2021 às 15:41
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Atualmente Pernambuco tem quase 3 mil leitos dedicados a pacientes com quadros respiratórios graves, com suspeita ou confirmação da infecção pelo novo coronavírus. Desse total, 1.715 são de terapia intensiva (UTI), com 98% de taxa de ocupação, e outros 1.241 são de enfermaria - 83% permanecem com pacientes. Com a reaceleração da pandemia neste mês, o Estado anunciou abertura de mais vagas de UTI, especialmente nos municípios de Caruaru, Bezerros e Garanhuns, todos no Agreste, onde a escalada de casos tem sido mais intensa. Contudo, os novos leitos inaugurados não conseguem dar conta do incremento no número de doentes, o que retrata o estrangulamento da rede com a alta das internações. 

Atualmente, 269 pacientes (sendo 17 crianças) aguardam transferência para um leito de UTI, e outros 23 (entre eles, 8 crianças) esperam uma vaga de enfermaria. Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES), o Agreste registrou aumento de 35% e 55% nos pedidos de vagas de UTI na última semana e nos últimos 15 dias, respectivamente. “O Agreste passa por uma situação de extrema gravidade. Nenhum sistema de saúde consegue suportar a velocidade de crescimento de demanda que observamos na região nesta última semana. A saturação da rede de saúde por lá já está repercutindo para as outras macrorregiões, gerando uma fila crescente na solicitação de vagas nos serviços”, alertou o secretário Estadual de Saúde, André Longo.

Ele ainda ressaltou que o governo de Pernambuco está atento ao cenário epidemiológico da Região Metropolitana e da Zona da Mata, já que essa 1ª macrorregião de Saúde também tem registrado dados que preocupam, com aumento de 9% nas solicitações de UTI em uma semana e de 9,8% em 15 dias. A 1ª macrorregião ainda teve crescimento de 15% e 16,7% nas notificações de casos graves com sintomas de covid-19 em uma semana e 15 dias, respectivamente.

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