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Máscara não é mais obrigatória em Pernambuco

Medida foi anunciada nesta terça-feira (19) pelo governo de Pernambuco

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Cadastrado por

Cinthya Leite

Publicado em 19/04/2022 às 11:46 | Atualizado em 19/04/2022 às 20:19
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Vinte e um dias após liberar o uso de máscaras em locais abertos, o governo de Pernambuco anuncia o fim do uso obrigatório do item de proteção. A medida entra em vigor a partir desta quarta-feira (20), quando também passa a valer a desobrigação de apresentação do comprovante vacinal nos ambientes e eventos realizados em espaços abertos. O passaporte continua, contudo, sendo exigido para acesso a bares, restaurantes e eventos em ambientes fechados.

A medida é possível graças à tendência contínua de redução nos indicadores (casos, mortes e hospitalização) do coronavírus no Estado e ao avanço da vacinação contra covid-19. Atualmente, com relação às primeiras doses, foram 8.145.974 aplicações - cobertura de 91,79%. Do total, 7.121.638 pernambucanos (80,24%) já completaram seus esquemas vacinais. Em relação às primeiras doses de reforços (terceira dose), já foram aplicadas 3.275.302 (cobertura de 49,59%). 

De acordo com o governador Paulo Câmara, a semana epidemiológica 15, encerrada no último sábado (16), confirmou todos os indicadores da pandemia em queda. "Também na semana passada, atingimos o patamar de 80% da população vacinada com duas doses ou dose única, e mais de 80% dos maiores de 60 anos de idade havia tomado a dose de reforço. Esses números nos dão condições de avançar mais um passo no nosso Plano de Convivência com a Covid", explica Paulo Câmara. 

Na tarde desta terça (19), durante coletiva de imprensa, o secretário de saúde de Pernambuco, André Longo, informou que, por 12 dias, o Estado não tem mortes em decorrência de complicações da doença. O último óbito pela infecção foi confirmado no dia 6 de abril.

Outro marcador importante para a nova flexibilização foi o fato de a taxa de positividade da doença ter alcançado 0,7%. E há seis semanas consecutivas, esse índice está abaixo de 3%. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma taxa de positividade inferior a 5% é um indicador de que a transmissão está sob controle. "Além disso, nas últimas cinco semanas, temos registrado menos de 60 casos graves de covid-19", disse Longo.

Vale frisar que o uso de máscaras permanece obrigatório nos serviços de saúde, nas farmácias e nos transportes coletivos, onde o item é exigido apenas dentro do veículo. Nos demais serviços de transportes, como táxis e carros de aplicativo, o uso da máscara é facultativo. Nas escolas de ensino infantil (a partir dos três anos de idade), fundamental e médio, a utilização segue obrigatória.

Também na coletiva de imprensa, a secretária-executiva de Desenvolvimento Econômico, Sidia Haiut, reforçou a necessidade de se manter os cuidados e a atenção máxima no cumprimento dos protocolos. "Esta é uma fase essencial para que o governo consiga manter o suporte na saúde e que a economia não precise sofrer novas restrições", enfatizou Sidia.

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a cobertura vacinal entre os jovens de 12 a 17 anos, está em 73% para a primeira dose e de 54% na segunda. Já entre as crianças de 5 a 11 anos, as coberturas estão em 52% para a primeira aplicação e de apenas 15% na segunda.

"Ainda estamos passando por nosso período de sazonalidade. E apesar da baixa positividade para covid-19, outras enfermidades, até mais graves para as crianças, estão circulando, como metapneumovírus, rinovírus e adenovírus", ressaltou André Longo. "Além de proteger do coronavírus, as máscaras são efetivas para evitar a contaminação por essas e mais outras doenças", acrescentou o secretário, ao salientar que a decisão sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras nas faculdades e universidades públicas e privadas fica a cargo da direção de cada instituição.

Mesmo com a desobrigação, o uso de máscaras ainda é fortemente recomendado, na opinião do secretário, para pessoas com sintomas gripais, pacientes imunossuprimidos e idosos, especialmente os que ainda não tomaram as doses de reforço da vacina.

A utilização do item de proteção também é pertinente para qualquer pessoa onde houver aglomeração. Para André Longo, mesmo com um cenário favorável, ainda há circulação do vírus no Estado, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) continua a classificar como pandemia a emergência em saúde provocada pela covid-19.

"Além das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, cujas coberturas estão aquém do desejável, 245 mil pessoas com mais de 60 anos ainda não tomaram a primeira dose de reforço, que é essencial para alavancar a proteção da vacina. Também precisamos lembrar que os idosos que tomaram a terceira dose há mais de quatro meses precisam receber a quarta dose", complementou o secretário.

Emergência

Longo também comentou sobre a decisão do governo Federal de encerrar a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) em decorrência da covid-19. Ele informou que o governo de Pernambuco apoia integralmente o pedido do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), ao Ministério da Saúde, solicitando um prazo de transição de 90 dias para a revogação da portaria que institui a Emergência em Saúde Pública.

"Precisamos desse tempo para adequar as normas administrativas e coordenar os ajustes na assistência, que serão necessários para evitar danos no atendimento à população", destacou.

Números da covid-19 em Pernambuco

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES) Pernambuco totaliza, desde o início da pandemia, 914.166 casos confirmados de covid-19, sendo 58.469 graves e 855.697 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha. Além disso, o Estado totaliza 21.542 mortes em decorrência de complicações da covid-19.

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