O mais recente boletim epidemiológico de arboviroses da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) lista 19 bairros da cidade com risco muito alto de surto das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: dengue, zika e chicungunha. A informação se baseia no resultado do último Levantamento de Índice Rápido para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado em julho.
Confira a lista dos bairros com risco muito alto de transmissão:
O LIRAa mostra que Ibura, Beberibe, Cohab, Jordão, Macaxeira, Nova Descoberta, Peixinhos, Santo Amaro, Alto do Mandu, Brasília Teimosa, Pina, Rosarinho, Torreão, Encruzilhada, Hipódromo, Boa Viagem, Água Fria, Campina do Barreto e Bongi apresentaram risco muito alto de transmissão dos vírus.
O "mapa das arboviroses", como é chamado o LIRAa, é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas no levantamento, as autoridades sanitárias podem identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do Aedes aegypti.
Nos 19 bairros da cidade com risco muito alto de surto de dengue, zika e chicungunha, o LIRAa foi maior ou igual a 4. Ou seja, pelo menos 4% das casas visitadas nestas localidades tinham larvas do mosquito em recipientes com água parada.
O resultado reforça a necessidade de intensificar imediatamente as ações de prevenção contra a dengue, zika e chicungunha.
O armazenamento de água no nível do solo (doméstico), como tonel, barril e tina, geralmente é o principal tipo de criadouro, assim como o lixo, recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas, entulhos de construção, vasos/frascos com água.
Neste ano, no Recife, até a semana epidemiológica de número 27 (até 9 de julho), foram notificados 1.620 casos de pessoas que adoeceram com sintomas de arboviroses, sendo 949 casos de dengue, 596 de chicungunha e 75 de zika. Entre essas notificações, foram confirmados 345 casos de dengue e 250 casos de chicungunha, além de três casos de zika.
Em relação aos óbitos por arboviroses este ano, foi notificada uma morte, que foi descartada.
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