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Covid-19: Brasil chega a mais baixo patamar de síndrome respiratória desde o início da pandemia

Estudo da Fiocruz tem como base os dados até 15 de agosto

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 18/08/2022 às 17:00 | Atualizado em 18/08/2022 às 17:03
LIONEL BONAVENTURE / AFP
Os dados de srag referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam que o coronavírus se mantém dominante, especialmente na população adulta - FOTO: LIONEL BONAVENTURE / AFP
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O novo Boletim InfoGripe Fiocruz sinaliza para um patamar similar ao de abril em casos de síndrome respiratória aguda grave (srag) - o mais baixo desde o início da pandemia de covid-19 no Brasil. Referente à semana epidemiológica 32, de 7 a 13 de agosto, o estudo tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 15 de agosto.

A pesquisa destaca que, apesar do sinal geral de queda ou estabilização, o aumento recente na faixa etária de 0 a 11 anos em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste chama a atenção. "Em termos proporcionais, esse crescimento é ainda mais expressivo na faixa de 5 a 11 anos de idade. Por ser restrito às últimas semanas, ainda não é possível identificar com clareza o vírus responsável por esse aumento, embora o Sars-CoV-2 (coronavírus) continue sendo predominante em todas as faixas etárias", explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

O estudo mostra queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam que o coronavírus se mantém dominante, especialmente na população adulta. Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,9% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 78,2% para Sars-CoV-2 (coronavírus).

Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% de influenza A, 0,2% de influenza B, 0,2% de vírus sincicial respiratório e 96,5% de Sars-CoV-2 (coronavírus). 

Estados e capitais

Das 27 unidades federativas, apenas Roraima apresenta sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a semana epidemiológica 32. Das demais, somente duas (Acre e Amapá) apresentam estabilidade. As outras mostram queda na tendência de longo prazo até o mesmo período.

Observa-se que três das 27 capitais apresentam indícios de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 32: Belém, Boa Vista e Vitória. Nas demais há predomínio de queda, com nove capitais apresentando estabilidade nesse indicador.

Das 27 capitais, três estão em macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico (Cuiabá, Palmas e São Luís), 4 em nível epidêmico (Belém, João Pessoa, Porto Velho e Vitória), 18 estão em nível alto (Aracaju, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Teresina), 2 em nível muito alto (Belo Horizonte e Boa Vista), e nenhuma em nível extremamente alto.

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