VARÍOLA DOS MACACOS

VARÍOLA DOS MACACOS: sobe para 303 o número de notificações em Pernambuco

Das 303 notificações, 258 ainda estão em investigação, 26 foram descartados e 19 estão confirmados

Amanda Azevedo
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Amanda Azevedo
Publicado em 22/08/2022 às 19:53 | Atualizado em 23/08/2022 às 1:21
ILUSTRATIVA/REPRODUÇÃO DE VÍDEO/AFP
Varíola dos macacos causa lesões - FOTO: ILUSTRATIVA/REPRODUÇÃO DE VÍDEO/AFP
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Com Agência Brasil

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) divulgou, nesta segunda-feira (22/08), mais uma atualização dos casos notificados de varíola dos macacos em Pernambuco.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância à Saúde (Cievs-PE) contabiliza, até o momento, 303 notificações, sendo 258 casos que ainda estão em investigação, 19 confirmados e 26 descartados.

Os 19 casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco são de pessoas residentes nos municípios do Recife (12), Jaboatão dos Guararapes (3), Olinda (1), Paulista (1), Petrolina (1) e Surubim (1). As faixas etárias são: 20 a 29 (8), 30 a 39 (7) e 40 a 49 (4).

Assista à live sobre varíola dos macacos:

Todos os casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco são do sexo masculino. As equipes de vigilância conseguiram identificar vínculo epidemiológico entre os pacientes e pessoas que apresentaram histórico de viagem e/ou que se deslocaram para fora do Estado, em locais que já confirmaram transmissão autóctone da doença. Dos confirmados, todos estão em isolamento domiciliar.

Já os 258 casos que estão em investigação são de pessoas residentes nos municípios abaixo:

  • Recife (61)
  • Olinda (34)
  • Jaboatão dos Guararapes (33)
  • Paulista (20)
  • Limoeiro (11)
  • Belo Jardim (10)
  • Caruaru (10)
  • Pesqueira (10)
  • Carpina (8)
  • Cabo de Santo Agostinho (7)
  • Abreu e Lima (6)
  • Petrolina (6)
  • Vitória de Santo Antão (6)
  • Ferreiros (5)
  • Buíque (4)
  • Camaragibe (4)
  • Araripina (3)
  • Floresta (3)
  • Garanhuns (3)
  • Ipojuca (3)
  • São José do Egito (3)
  • Tamandaré (3)
  • Afogados da Ingazeira (2)
  • Araçoiaba (2)
  • Bom Jardim (2)
  • Cabrobó (2)
  • Gameleira (2)
  • Igarassu (2)
  • Nazaré da Mata (2)
  • São João (2)
  • Tabira (2)
  • Tuparetama (2)
  • Alagoinha (1)
  • Bodocó (1)
  • Brejinho (1)
  • Camocim de São Félix (1)
  • Catende (1)
  • Condado (1)
  • Fernando de Noronha (1)
  • Granito (1)
  • Ilha de Itamaracá (1)
  • Inajá (1)
  • Ipubi (1)
  • Itaquitinga (1)
  • Jatobá (1)
  • Jucati (1)
  • Lagoa do Carro (1)
  • Passira (1)
  • Paudalho (1)
  • Pedra (1)
  • Pombos (1)
  • Rio Formoso (1)
  • Salgueiro (1)
  • Santa Cruz do Capibaribe (1)
  • Santa Maria do Cambucá (1),
  • São Lourenço da Mata (1)
  • Serra Talhada (1)
  • Surubim (1)
  • Tacaimbó (1)
  • Timbaúba (1)
  • Venturosa (1)
  • Vertentes (1)

As faixas etárias são: 0 a 9 (33), 10 a 19 (53), 20 a 29 (58), 30 a 39 (40), 40 a 49 (38) e 50 a 59 (17) e 60 e mais (19), sendo 157 do sexo masculino e 101 do sexo feminino.

Os casos notificados estão sendo acompanhados pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.

Com relação aos cinco casos suspeitos de varíola dos macacos notificados na Penitenciária Dr. Ênio Pessoa Guerra, localizada na cidade de Limoeiro, a SES-PE informa que quatro deles já foram descartados e apenas um continua em investigação.

Ministério da Saúde lança campanha sobre a varíola dos macacos

Com o conceito Varíola dos Macacos: Fique Bem com a Informação Certa, o Ministério da Saúde lançou, nesta segunda-feira (22), em Brasília, a Campanha Nacional de Prevenção à doença.

A ideia é conscientizar a população sobre a transmissão, contágio, sintomas e prevenção, além de dar orientações sobre o que fazer em casos suspeitos de varíola dos macacos.

Em todo o mundo, foram registrados mais de 41,5 mil casos da varíola dos macacos. No Brasil, conforme a última atualização do Ministério da Saúde, de 21 de agosto, há 3.788 casos confirmados. A campanha adverte que a principal forma de prevenção é evitar contato com pessoas infectadas ou objetos contaminados como, por exemplo, copos, talheres, lençóis e toalhas.

Outro ponto destacado pelas autoridades de saúde é que a fase de incubação do vírus pode ser de cinco a 21 dias. Nesse período é possível haver transmissão.

Entre os casos registrados, o contágio ocorre, especialmente pelo contato físico pele a pele com lesões ou fluidos corporais. Em pessoas infectadas, febre, erupções cutâneas, inchaço dos gânglios (ínguas), dor no corpo, exaustão e calafrios são os sintomas mais comuns.

UK Health Security Agency
O paciente com varíola dos macacos desenvolve erupção cutânea - UK Health Security Agency

Tratamento

Durante o lançamento da campanha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha tratamento para varíola dos macacos. Segundo Queiroga, sintomas como dor podem ser amenizados com medidas específicas.

O ministro da Saúde fez questão de falar sobre a diferença da varíola dos macacos para a covid-19.

“A letalidade dessa doença é baixa. O vírus é diferente. O vírus da covid-19 é o vírus de RNA. Portanto é o vírus que sofre mutações com maior frequência ao passo que o vírus de DNA [da varíola dos macacos] tem um potencial menor de ter mutações, o que engana até as vacinas que são desenvolvidas com tecnologias sofisticadas”, explicou.

Vacinas

O Ministério da Saúde iniciou no mês passado as tratativas com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS para a compra de 50 mil doses da vacina contra a doença.

“É necessário que haja um contrato a ser firmado pelo Ministério da Saúde com a Opas, para deixar isso bem claro, para que tenhamos uma previsão de entrega dessas vacinas. A previsão era de que se entregasse no fim do mês de agosto. A Socorro [Gross, representante da Opas] me informou que seria no começo de setembro. Seriam duas remessas, são três agora. Há uma carência desse insumo a nível mundial”, justificou Queiroga.

ALAIN JOCARD / POOL / AFP
Vacina contra varíola dos macacos - ALAIN JOCARD / POOL / AFP

Na última sexta-feira (19), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação excepcional de remédios e vacinas que anda não têm registro no Brasil.

A previsão é de que a primeira, de três remessas, chegue no início de setembro. Sobre esses imunizantes, Marcelo Queiroga explicou que como a imunização completa requer duas doses, elas serão suficientes para vacinar 25 mil pessoas. Os primeiros a receber a vacina serão profissionais da saúde que atuam diretamente com o vírus.

Antiviral

Assim como ocorre com as vacinas, como não há no Brasil nenhum representante do antiviral no país, o Ministério da Saúde também solicitou à Opas a compra de 10 doses do tecovirimat para tratamentos imediatos, e outras 50 unidades para casos graves. A pasta negocia ainda o transporte de mais 12 unidades doadas pelo laboratório produtor, e a compra de mais 504 doses.

 

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