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4 FUNGOS MORTAIS AMEAÇAM saúde global, alerta OMS

A lista da OMS apresenta 4 fungos mais perigosos para a humanidade; confira

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 27/10/2022 às 9:46 | Atualizado em 27/10/2022 às 10:29
DRAGOS CONDREA/FREEPIK
Os fungos perigosos são uma grande ameaça à saúde pública porque estão se tornando cada vez mais comuns e resistentes ao tratamento - FOTO: DRAGOS CONDREA/FREEPIK
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou esta semana um relatório em que destaca a primeira lista de fungos “patógenos prioritários” – um catálogo dos 19 fungos que representam a maior ameaça à saúde pública.

(CONFIRA A LISTA DOS 4 MAIS PREOCUPANTES AO LONGO DESTA MATÉRIA)

Os fungos perigosos (ou superfungos) são uma grande ameaça à saúde pública porque estão se tornando cada vez mais comuns e resistentes ao tratamento com apenas quatro classes de medicamentos antifúngicos atualmente disponíveis.

A lista de superfungos prioritários da OMS é dividida em três categorias: prioridade crítica, alta e média

Os patógenos fúngicos de cada categoria prioritária são classificados dessa maneira principalmente devido ao impacto na saúde pública e/ou risco emergente de resistência antifúngica.

VEJA LISTA DA OMS SOBRE OS FUNGOS PERIGOSOS  

Cryptococcus neoformans

Provoca a infecção criptococose. O Cryptococcus neoformans ocorre principalmente no solo que está contaminado com fezes de pássaros, como pombos. Ele é encontrado no mundo todo. 

Candida auris

É um superfungo resistente a medicamentos e responsável por infecções hospitalares.

EM PERNAMBUCO -->> SUPERFUNGO: sobe para 43 o número de pacientes com CANDIDA AURIS em Pernambuco; entenda o SURTO

Por isso, ele é um dos que mais ameaçam a saúde pública no mundo.

No Recife, em janeiro deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez um alerta de risco para informar sobre o terceiro surto de Candida auris no Brasil.

O caso foi registrado no Hospital da Restauração (HR), no Derby, área central do Recife. 

Aspergillus fumigatus

Causa aspergilose, que é uma doença infecciosa oportunista que surge quando o fungo filamentoso do gênero Aspergillus entra no organismo humano por meio da inalação de esporos por indivíduos com imunidade reduzida. 

A aspergilose é causada por um fungo filamentoso e saprófito, do gênero Aspergillus, com destaque para a espécie patogênica Aspergillus fumigatus, responsável pela ocorrência de cerca de 90% dos casos. 

Candida albicans

Causa a candidíase sistêmica, que é uma infecção invasiva do sangue. É uma condição grave, que tem sido diagnosticada com frequência em unidades de terapia intensiva, devido ao aumento do número de pacientes imunocomprometidos e aqueles com graves doenças de base. A Candida albicans, por exemplo, predomina no mundo todo e pode ser responsável por até 70% dos casos de candidíase sistêmica. 

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As formas invasivas dessas infecções causadas por superfungos geralmente afetam pacientes gravemente doentes - DRAGOS CONDREA/FREEPIK

SUPERFUNGO: QUEM TEM MAIOR RISCO? 

As formas invasivas dessas infecções fúngicas geralmente afetam pacientes gravemente doentes e aqueles com condições subjacentes significativas relacionadas ao sistema imunológico.

As populações com maior risco de infecções fúngicas invasivas incluem pacientes com câncer, HIV/aids, pessoas que passaram por transplantes de órgãos, pacientes com doenças respiratórias crônicas e infecção pós-primária por tuberculose.

Evidências emergentes indicam que a incidência e o alcance geográfico de doenças fúngicas estão se expandindo em todo o mundo devido ao aquecimento global e ao aumento de viagens e comércio internacional.

Durante a pandemia de covid-19, a incidência relatada de infecções fúngicas invasivas aumentou significativamente entre os pacientes hospitalizados.

À medida que os fungos que causam infecções comuns (como candidíase oral e vaginal) se tornam cada vez mais resistentes ao tratamento, os riscos para o desenvolvimento de formas mais invasivas de infecções na população em geral também aumentam. 

FUNGOS MORTAIS: COMO DETECTAR?

A maioria dos patógenos fúngicos carece de diagnósticos rápidos e sensíveis. E mais: os que existem não estão amplamente disponíveis ou acessíveis globalmente.

A lista de superfungos da OMS é o primeiro esforço global para priorizar sistematicamente os patógenos fúngicos, considerando as necessidades não atendidas de pesquisa e desenvolvimento, além da importância percebida para a saúde pública.

Com a lista, o objetivo da OMS é focar e conduzir mais pesquisas e intervenções políticas para fortalecer a resposta global a infecções fúngicas e resistência a antifúngicos.

FUNGOS PERIGOSOS E MORTAIS 

"Emergindo das sombras da pandemia de resistência bacteriana aos antimicrobianos, as infecções fúngicas estão crescendo e são cada vez mais resistentes aos tratamentos, tornando-se uma preocupação de saúde pública em todo o mundo", disse o diretor-geral assistente da OMS para resistência antimicrobiana (AMR), Hanan Balkhy

Apesar da crescente preocupação, as infecções fúngicas recebem pouquíssima atenção e recursos, levando a uma escassez de dados de qualidade sobre a distribuição de doenças fúngicas e padrões de resistência a antifúngicos.

Como resultado, a carga exata de doenças fúngicas e resistência a antifúngicos são desconhecidas e, portanto, a resposta é prejudicada.

REFERÊNCIAS 

WHO: https://www.who.int/news/item/25-10-2022-who-releases-first-ever-list-of-health-threatening-fungi. Acesso em 27/10/2022

Manual MSD: https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%B5es-f%C3%BAngicas/criptococose. Acesso em 27/10/2022

Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/a/aspergilose. Acesso em 27/10/2022

Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/candidiase-sistemica. Acesso em 27/10/2022

 

 

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