Novembro começou com o comunicado, do Comitê de Emergências da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), sobre o cenário da epidemia de varíola dos macacos (monkeypox), que continua a representar uma emergência de saúde global. Esse é o nível mais alto de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em meio à manutenção do rótulo da OMS ("emergência de saúde pública de importância internacional"), Pernambuco acumula 178 casos confirmados de varíola dos macacos, de acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do dia 31 de outubro.
O número de pessoas com diagnóstico positivo de varíola do macaco, em Pernambuco, representa o acumulado em quase quatro meses de detecção da doença no Estado.
O primeiro caso de monkeypox, em território pernambucano, foi confirmado no dia 12 de julho. Foi um caso importado, de um morador de São Paulo.
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Desde então, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) notificou 1.698 casos de monkeypox. Desse total, 178 foram confirmados, 511 descartados, 871 continuam como suspeitos da doença (pacientes apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva da infecção) e 67 são casos prováveis (além da lesão cutânea, pacientes apresentam outros critérios, como exposição próxima e prolongada com caso provável ou confirmado).
Ainda entre os casos notificados em Pernambuco, 15 foram excluídos por não atenderem às definições de caso suspeito e 56 tiveram perda de seguimento - situação em que o caso que não tem registro de vínculo epidemiológico; o paciente não realizou coleta de exame laboratorial ou fez coleta de exame laboratorial, mas a amostra foi inviável ou ainda teve resultado inconclusivo; o paciente não teve oportunidade de nova coleta de amostra laboratorial (30 dias após o início da apresentação de sinais e sintomas).
Dos 178 casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco, 142 (79,8%) são do sexo masculino e 36 (20,2%) do sexo feminino.
A faixa etária mais acometida pela varíola dos macacos no Estado é a população de 20-29 anos (61 casos), seguida de 30 a 39 anos (52 casos) e de 40 a 49 anos (29 casos).
Além desses grupos etários, 7 casos foram confirmados em pessoas de 50 a 59 anos e outros 7 casos no público idoso, a partir de 60 anos.
Outro dado importante é que Pernambuco tem 10 casos de varíola dos macacos confirmados de 0 a 9 anos e outros 12 casos entre 10 e 19 anos.
Do total de casos da doença, a maioria dos casos apresentou sintomas leves. Mas vale ressaltar que o vírus monkeypox pode causar doenças graves em certos grupos populacionais, a exemplo de crianças,
gestantes e pessoas imunossuprimidas.
Segundo o Ministério da Saúde, as crianças são tipicamente mais propensas a ter sinais e sintomas mais graves da varíola dos macacos, em comparação com adolescentes e adultos.
O maior risco de complicação nas crianças acontece porque elas ainda estão na fase de desenvolvimento, incluindo o sistema imunológico, que não está completamente pronto para combater infecções de origem externa, como vírus e bactérias.
O desenvolvimento da imunidade é um processo que acontece ao longo dos primeiros anos de vida. Dessa forma, qualquer infecção pode ser mais grave nas crianças.
A primeira maneira de proteger os pequenos, portanto, é evitar o contato deles com pessoas que são suspeitas de terem sido infectadas ou tenham testado positivo para varíola do macaco.
VARÍOLA DO MACACO: SINAIS E SINTOMAS
Veja abaixo a proporção dos sinais e sintomas apresentados pelos 178 casos confirmados de varíola dos macacos em Pernambuco até o momento:
- erupção cutânea: 18,6%
- cefaleia: 14,2%
- febre: 11,6%
- astenia/fraqueza: 9,2%
- adenomegalia (gânglios inchados): 8,5%
- dor muscular: 7,8%
- dor de garganta: 6,8%
- suor/calafrios: 5,5%
- dor nas costas: 4,8%
- artralgia: 3,5%
- náusea/vômito: 2,9%
- sinais hemorrágicos: 0,9%
- fotossensibilidade: 0,7%
- conjuntivite: 0,4%
- outros sintomas: 4,8%
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