PISO SALARIAL ENFERMAGEM: ESCASSEZ de profissionais da Enfermagem é justificada por condição de trabalho precária
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde defende aplicação do piso salarial da enfermagem diante de baixa remuneração da categoria e jornada exaustiva de trabalho
A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) defendeu a aplicação imediata da Lei 14.434/22 que garante o reajuste do piso salarial da enfermagem para a categoria da saúde.
Além disso, pressionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para que houvesse a derrubada da liminar que suspendeu o piso salarial da enfermagem desde 4 de setembro.
O prazo da suspensão da lei do piso salarial da enfermagem acabou na última segunda-feira (7), mas o reajuste ainda não foi aplicado e o STF não se pronunciou sobre possível prorrogação.
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Segundo dados apurados pela Confederação, a quantidade escassa de profissionais da Enfermagem em atividade é consequência dos baixos salários recebidos pela categoria.
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ESTUDOS ORÇAMENTÁRIOS DA CNTS EM DEFESA DO PISO:
O documento enviado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde aponta a desvalorização da categoria atrelada a jornada de trabalho exaustiva como pilares do afastamento dos trabalhadores de seus serviços.
Dessa forma, por conta dos salários baixos, 50% dos profissionais trabalham em 2 e/ou 3 hospitais para alcançar a renda mensal necessária, resultando em jornadas duplas de trabalho.
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“A categoria da enfermagem sofre com a escassez de profissionais em atividade. Sabemos que o adoecimento das pessoas não vai diminuir e que a clientela vai permanecer a mesma”, declarou a Confederação.
Com a aprovação do piso salarial enfermagem, a qualidade do setor privado vai cair?
De acordo com dados da pesquisa do Dieese, 48% dos contratos formais extintos em 2021 foram a pedido do trabalhador, totalizando 221.603 desligamentos nos últimos dois anos por esta razão.
Isso significaria que uma quantidade alarmante de profissionais da enfermagem estaria preferindo pedir demissão a se submeter às condições precárias oferecidas.
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Dessa forma, a CNTS entende que as condições de trabalho e baixos salários tem levado à escassez de profissionais de EnfermagemConfederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
Além disso, o estresse da categoria, potencializado pelo enfrentamento à pandemia da Covid-19, seria um dos fatores do aumento do abandono da profissão que não teria o apoio psicológico e as condições de trabalho adequadas.
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A diminuição da remuneração da Enfermagem durante o período pandêmico também foi identificado pela CNTS.
"Assim sendo, a implementação de um piso salarial nacional tem o potencial de solucionar ou, no mínimo, atacar o problema do abandono profissional na categoria", afirmou a Confederação.
Por fim, foi contestada a suposta falta de verbas das instituições para bancar o piso salarial da enfermagem, visto que a receita das operadoras cresceu de R$ 229,9 bilhões, em 2020, para R$ 239,9 bi, em 2021, por exemplo.
Ou seja, o dinheiro existe, trata-se apenas de uma questão de prioridades e de justiça socialConfederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
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Propostas para pagar o piso salarial enfermagem:
Dessa forma, a CNTS entende que as condições de trabalho e baixos salários tem levado à escassez de profissionais de Enfermagem
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