Com informações da Agência Fiocruz de Notícias
O Brasil registrou uma morte por dia, entre crianças de 6 meses a 5 anos diagnosticadas com covid-19, entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022.
Foram 314 óbitos por covid-19 nessa faixa etária no período.
Os dados, analisados pela equipe do Observa Infância (Fiocruz/Unifase), são os mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e compreendem óbitos em que a covid-19 foi a causa básica e aqueles em que a doença foi registrada como uma das causas associadas.
Leia também: NOVA ONDA COVID: número de CRIANÇAS HOSPITALIZADAS em 2022 é 21% MAIOR do que em 2021
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, em julho, o uso emergencial da vacina CoronaVac em crianças de 3 e 4 anos. Dois meses depois, em 16 de setembro, a Pfizer pediátrica foi aprovada pela agência para uso emergencial em bebês e crianças de 6 meses a 4 anos.
Leia também: PFIZER BABY: "Muito feliz e aliviada", diz mãe de menino de 1 ano com cardiopatia congênita vacinado contra covid
COVID: VACINAÇÃO INFANTIL NÃO AVANÇA
No entanto, a imunização de crianças contra a covid-19 avança em ritmo lento no Brasil.
Dados do Vacinômetro Covid-19 (Ministério da Saúde), analisados pelo Observa Infância em 28 de novembro, mostram que apenas 7 de cada 100 crianças de 3 e 4 anos receberam as duas doses da vacina.
Do total de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose da vacina contra a covid-19, e 403.858 completaram a imunização com a segunda dose.
"Com vacinas disponíveis, podemos considerar a covid-19 uma doença imunoprevenível. Isso significa que essas mortes podem ser evitadas com uma política pública de vacinação em massa", afirma a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini.
COVID CRIANÇAS
O Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância) é uma iniciativa de divulgação científica para levar ao conhecimento da sociedade dados e informações sobre a saúde de crianças de até 5 anos.
O objetivo é ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais.
As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores Patricia e Cristiano Boccolini no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.
Comentários