FEVEREIRO LARANJA

LEUCEMIA SINTOMAS: veja os primeiros SINAIS e SINTOMAS da leucemia, como suspeitar da doença, causas, diagnóstico e tratamento

Tire suas dúvidas sobre leucemia, causas, tipos e sintomas que fazem suspeitar da doença

Cinthya Leite
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Cinthya Leite
Publicado em 07/02/2023 às 11:57
FREEPIK/BANCO DE IMAGENS
Fevereiro Laranja é o mês para conscientizar a população sobre prevenção, diagnóstico e combate à leucemia: um tipo de câncer do sangue - FOTO: FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

A leucemia é um tipo de câncer que afeta a medula óssea e atinge as células do sangue. Os sintomas da leucemia e são diversos.

Os sintomas da leucemia estão detalhados nesta matéria, mais abaixo, num tópico destacado para esse assunto. 

De acordo com dados do Instituto Nacional de Cancer (Inca), no período de 2020 a 2022, a previsão do diagnóstico no Brasil foi de mais de 10 mil casos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.

FEVEREIRO LARANJA MÊS DE CONSCIENTIZAÇÃO DA LEUCEMIA

Fevereiro Laranja é a mobilização para conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate à leucemia.

Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa.

Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas.

TIPOS DE LEUCEMIA 

Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoide aguda (LLA) e leucemia linfoide crônica (CLL).

As leucemias também podem ser agrupadas baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afetam: linfoides ou mieloides.

As que afetam as células linfoides são chamadas de linfoide, linfocítica ou linfoblástica. A leucemia que afeta as células mieloides são chamadas mieloide ou mieloblástica.

Combinando as duas classificações, chega-se aos 4 tipos mais comuns de leucemia:

  1. Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças.
  2. Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos.
  3. Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos.
  4. Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade.

QUAIS SÃO OS 7 PRIMEIROS SINTOMAS DE LEUCEMIA?

Os principais sintomas vêm do acúmulo de células defeituosas na medula óssea, prejudicando ou impedindo a produção das células sanguíneas normais.

A diminuição dos glóbulos vermelhos leva à anemia, cujos sintomas incluem: fadiga, falta de ar, palpitação e dor de cabeça, entre outros.

A redução dos glóbulos brancos provoca baixa da imunidade. Ou seja, o organismo fica mais sujeito a infecções muitas vezes graves ou recorrentes.

A diminuição das plaquetas ocasiona sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e manchas roxas (equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias) na pele.

O paciente pode apresentar gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas; febre ou suores noturnos; perda de peso sem motivo aparente; desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado).

QUEM TEM LEUCEMIA SENTE DOR ONDE?

Dores nos ossos e nas articulações também podem aparecer nos pacientes com leucemia.

Caso a doença afete o sistema nervoso central, podem surgir dores de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação.

Assim que se manifesta, a doença progride rapidamente. Isso exige que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico e a classificação da leucemia.

QUANDO SUSPEITAR DE LEUCEMIA? 

O diagnóstico precoce da leucemia possibilita melhores resultados no tratamento. Por isso, segundo orienta o Ministério da Saúde, é importante buscar investigação de sinais e sintomas como:

  • Palidez, cansaço e febre
  • Aumento de gânglios
  • Infecções persistentes ou recorrentes
  • Hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados
  • Aumento do baço e do fígado

*Na maior parte das vezes, esses sintomas não são causados por câncer, mas é importante que sejam investigados por um médico.

LEUCEMIA TEM CURA? VEJA VÍDEO:

LEUCEMIA CAUSAS

Muitos estudos analisaram o papel dos fatores de risco na leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda.

A radiação ionizante e o benzeno são os fatores ambientais que, até agora, foram comprovadamente associados à leucemia aguda

O QUE LEVA UMA PESSOA A TER LEUCEMIA?

As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas se suspeita da associação entre determinados fatores com o risco aumentado de desenvolver alguns tipos específicos da doença. 

Veja abaixo fatores de risco para determinados tipos de leucemia: 

  • Tabagismo: leucemia mieloide aguda
  • Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química): leucemia mieloide aguda e crônica, leucemia linfoide aguda
  • Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos (radioterapia). O grau de risco depende da idade, da dose de radiação e da exposição: leucemia mieloide aguda e crônica e leucemia linfoide aguda
  • Quimioterapia (algumas classes de medicamentos usados no tratamento do câncer e doenças auto-imunes): leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide aguda
  • Formaldeído: exposição ocupacional em indústrias (química, têxtil, entre outras), área biomédica/saúde (hospitais e laboratórios: antisséptico, desinfetante, fixador histológico e solvente), além do uso não autorizado pela Anvisa desta substância em alguns salões de beleza (procedimento de alisamento capilar)
  • Produção de borracha: leucemias
  • Síndrome de Down e outras doenças hereditárias: leucemia mieloide aguda
  • Síndrome mielodisplásica e outras desordens sanguíneas: leucemia mieloide aguda
  • História familiar: Leucemia mieloide aguda e leucemia linfoide crônica
  • Idade: quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver leucemia, exceto a leucemia linfoide aguda, que é mais comum em crianças. Todas as outras formas são mais comuns em idosos.
  • Exposição a agrotóxicos, solventes, diesel, poeiras, infecção por vírus de hepatite B e C: leucemias

LEUCEMIA TRATAMENTO

O objetivo do tratamento da leucemia é destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais.

Nas leucemias agudas, o processo de tratamento envolve quimioterapia (combinações de quimioterápicos), controle das complicações infecciosas e hemorrágicas e prevenção ou combate da doença no sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal).

Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea

O tratamento da leucemia mieloide crônica não é feito com quimioterapia. O tratamento é feito com um medicamento oral da classe dos inibidores de tirosina quinase, que inibe especificamente essa proteína anormal, que é a causa a doença. 

Já na leucemia linfoide crônica, agentes quimioterápicos, imunológicos (anticorpos monoclonais) e agentes orais podem ser utilizados no tratamento. 

REFERÊNCIAS

Leucemia: www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/leucemia. Consultado em 07/02/2023

Fevereiro Laranja é o mês de conscientização e combate à leucemia: www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2023/fevereiro/fevereiro-laranja-e-o-mes-de-conscientizacao-e-combate-a-leucemiaConsultado em 07/02/2023

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