DEPRESSÃO

Saiba como ajudar uma pessoa com depressão com essas 6 dicas

Entenda atitudes que você pode e quais não deve tomar para ajudar pessoas com depressão

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Cadastrado por

Flávio Oliveira

Publicado em 04/01/2024 às 7:51
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Você sabe como auxiliar alguém que enfrenta a depressão? A dinâmica dos relacionamentos no âmbito familiar, no círculo de amizades e no ambiente de trabalho pode ser alterada pela presença dessa condição. 

Presenciar um ente querido lidando com a tristeza e melancolia características da doença não é uma tarefa fácil. Mesmo ao expressar seu apoio e proferir palavras acolhedoras, a pessoa deprimida pode não reagir como esperado ou não apresentar nenhuma reação por um tempo.

Em seu estado emocional confuso, ela não consegue perceber a intensidade de seus comportamentos. Portanto, é fundamental abordar a situação com delicadeza. A seguir, veja como ajudar uma pessoa com depressão.

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Uma pessoa com depressão apresenta sintomas e sentimentos além da tristeza, como o desequilíbrio do sono, angústia, sentimento de culpa, perda de esperança, desânimo, cansaço intenso, e, em casos mais graves, ideações suicidas - FREEPIK/BANCO DE IMAGENS

Você pode adotar ações simples para auxiliar alguém com depressão. Até os gestos menores são essenciais para demonstrar o carinho que você sente pela pessoa.

Demonstre apoio

É mais crucial do que nunca demonstrar seu apoio ao deprimido, que muitas vezes acredita que ninguém pode ajudá-lo ou se importa com ele.

Mesmo que o sentimento entre vocês pareça óbvio, os sintomas impedem a pessoa de enxergar além de seus pensamentos negativos. Reforce o quanto a relação significa por meio de palavras calorosas.

Seja um bom ouvinte

Pergunte à pessoa como ela tem se sentido. Faça dela o foco principal da conversa para mostrar que você se importa. Solicite que ela compartilhe pensamentos e sentimentos guardados.

Pessoas deprimidas costumam esconder o que sentem para parecerem "normais" aos olhos dos outros. Em vez de sobrecarregá-la com conselhos, simplesmente pergunte: "Como posso ajudar?".

Mantenha contato

Embora a comunicação com seu amigo possa diminuir um pouco, envie mensagens perguntando como foi o dia dele ou como ele está. Compartilhe coisas engraçadas e positivas.

No caso de um familiar ou companheiro que mora na mesma casa, lembre-se de mostrar interesse em seus afazeres, mesmo que não passem todos os momentos do dia juntos.

Incentive-o a buscar ajuda

A terapia é fundamental para tratar a depressão. A pessoa deprimida alimenta crenças negativas, as quais podem cegá-la.

Não é fácil combater essas crenças sozinho, por mais que muitos pensem o contrário. Um psicólogo pode ajudar a pessoa a mudar sua perspectiva sobre a vida e a si mesma por meio da psicoterapia.

Ofereça ajuda com tarefas diárias

Você sabia que o deprimido muitas vezes não sente vontade de realizar pequenas tarefas? Arrumar a casa, lavar a louça, cozinhar e organizar o quarto podem exigir muito esforço. A higiene pessoal também pode ser comprometida.

A pessoa pode deixar de lavar o cabelo, usar roupas limpas e tomar banho. Como alguém querido, você pode se oferecer para ajudar com os afazeres domésticos. Não é necessário organizar toda a casa, mas propor concluir algumas tarefas juntos pode servir de incentivo.

Aprenda mais sobre depressão

Conheça os sintomas da doença e como eles se manifestam para poder identificar comportamentos semelhantes na pessoa querida. A tristeza é a característica mais conhecida, mas não é a única. Raiva, desânimo, indiferença, desorganização, negatividade, insônia, dores musculares e enxaquecas também são sinais claros de depressão.

O que não fazer?

Ainda é comum que pessoas próximas ajam com descuido em relação ao deprimido. Palavras ásperas e cobranças, contudo, são extremamente desnecessárias neste contexto.

Desmerecer o que a pessoa sente

Não é "frescura". Não é estar triste. Expressões como "Isso é tudo da sua cabeça", "Vai fazer algo útil" e "Você deveria ser mais grato pela vida" não ajudam a situação. Se a depressão não for tratada com seriedade, pode levar ao suicídio.

Portanto, a última coisa a ser feita é questionar o que a pessoa está vivenciando. Em vez de tentar oferecer "soluções", procure compreender.

Tentar "consertar" a situação

Você deve encorajar o otimismo, mas não forçá-lo. Da mesma forma, deve encorajar programas diferentes ou encontros em casa, mas não forçá-los. Veja como a pessoa está se sentindo antes de propor atividades muito extremas.

É realmente complicado encontrar a linha tênue entre o que funciona e o que não no início. Aos poucos, no entanto, você começa a entender os sinais que a pessoa lhe dá.

Questionar os medicamentos do psiquiatra

Apesar do preconceito com medicamentos, eles são úteis e muito necessários. A depressão resulta de um desequilíbrio químico no cérebro e o medicamento ajuda a corrigi-lo. Se a pessoa deprimida toma um medicamento, não seja pessimista em relação a ele.

Se possível, lembre-a de tomá-lo conforme as orientações do psiquiatra para obter os resultados desejados. Ela também pode ficar chateada por precisar tomá-lo, já que os medicamentos psiquiátricos são associados à loucura. Ajude-a a ver que não há nada de errado em precisar de remédios.

Dar conselhos sem conhecimento

Assim como frases negativas não curam ninguém, frases positivas também não. Quem não teve depressão pode não entender que palavras de encorajamento não são absorvidas da mesma forma pelo deprimido. Soluções caseiras disseminadas de boca em boca também não ajudam.

Por mais que você tenha as melhores intenções, conselhos e frases motivacionais podem acabar tendo o efeito contrário. Sendo assim, não aconselhe a pessoa se não tiver certeza do que está falando.

Fazer comparações

Comparar-se é venenoso para qualquer pessoa, seja deprimida ou não. As comparações aumentam a ansiedade e a pressão.

Faz muito mais sentido ver as qualidades do que comparar o que você não tem ou gostaria de ter. Para a pessoa com depressão, as comparações são ainda piores, pois insinuam que ela não está fazendo o necessário para melhorar. E isso não é verdade.

Fonte: Psicólogo.com.br

“A matéria apresentada neste portal tem caráter informativo e não deve ser considerada como aconselhamento médico. Para obter informações fornecidas sobre qualquer condição médica, tratamento ou preocupação de saúde, é essencial consultar um médico especializado.”

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