Sarcopenia afeta população com o aumento da idade; veja formas de tratar

A sarcopenia, considerada doença pela OMS, embora pouco diagnosticada, é frequente na população mais velha, costuma manifestar-se a partir dos 30 anos

Publicado em 31/10/2024 às 12:18

Reconhecida como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a sarcopenia é uma condição que causa perda de massa e função do músculo esquelético.

Esse processo ocorre com o envelhecimento e é, em parte, responsável pela perda da qualidade de vida nesta faixa etária. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a prevalência da sarcopenia em pessoas entre 60 a 70 anos pode variar de 5% a 13%. Já em idosos com mais de 80 anos oscila de 11% a 50%.

As pessoas acometidas pela condição apresentam redução de força muscular, o que pode acarretar em dificuldade para levantar-se sem apoio, para carregar objetos ou pesos ou para subir escadas, entre outras atividades que necessitam do uso dos músculos.  

Reversão e prevenção

Estudos indicam que é possível reverter a doença, basta balancear uma vida mais saudável, com atividades físicas e boa alimentação.

Em pessoas saudáveis, a diminuição da massa magra geralmente tem início após os 30 anos de idade, com perdas em torno de 1% a 2% ao ano. Sem medidas preventivas, idosos com 80 anos podem ter somente 50% de sua massa muscular da juventude.

De acordo com a educadora física e docente do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Juliana Galdino, um dos grandes aliados contra a sarcopenia são os exercícios físicos.

“O exercício físico é uma das melhores formas de prevenir e retardar a sarcopenia, que é a perda progressiva de massa muscular associada ao envelhecimento. A prática regular de atividade física ou exercício físico, especialmente aquela que envolve peso em si, como resistência e musculação, ajuda na prevenção e até aumenta a massa muscular, além de melhorar a força e a função muscular”, informa.

Unido aos exercícios físicos, uma alimentação com comidas à base de proteínas ajuda a inibir o aparecimento e tratar a doença, é o que explica a nutricionista e professora da UNIFG, Alyne Nunes.

“Por exemplo, alimentos ricos em proteínas ajudam a ganhar ou manter massa muscular. Para pessoas saudáveis, recomenda-se a ingestão diária de, pelo menos, 1 a 1,2 g de proteínas por quilo de peso corporal. Alimentos ricos em proteínas, cálcio, colágeno e até mesmo a vitamina D devem ser considerados para uma vida mais equilibrada”, explica.

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