Compulsão alimentar: 3 principais sinais e dicas para evitar excessos nas festas de final de ano
Com o Natal e a virada do ano chegando, é fundamental que as pessoas se atentem para não passar por episódios de compulsão alimentar
Diferentemente do que muitos pensam, a compulsão alimentar pode ser uma doença: um transtorno psicológico, desencadeado por fatores como a ansiedade e o estresse, que fazem as pessoas "descontarem" as emoções na comida de forma excessiva.
Por outro lado, porém, pode ser algo eventual, especialmente em festas e eventos. "As pessoas se sentem mais soltas e menos controladas por estarem em um ambiente festivo, em que todos têm o mesmo comportamento e influenciam a alta ingestão de alimentos", explica a professora de Nutrição Joseane Nobre.
Época de festas
Com o Natal e a virada do ano chegando, é fundamental que as pessoas se atentem para não passar por episódios de compulsão alimentar. Aliás, há uma grande oferta de comida boa nas festas e isso pode representar um gatilho para uma futura doença.
Para a nutricionista, essa compulsão alimentar em períodos de festas é passageira e o indivíduo tende a retornar ao seu hábito alimentar. Mas pontua que "aqueles que não conseguem retomar e usam os alimentos como forma de trabalhar as emoções têm uma doença”.
De acordo com a especialista, os principais sinais para identificar o transtorno são:
- Comer em grande quantidade sem ter controle do quanto come;
- Justificar o consumo dos alimentos com a questão de estar triste ou alegre;
- Alimentação em alta quantidade de um alimento que estaria restrito na dieta
Formas de tratamento
A principal e melhor forma de tratamento, justamente por se tratar de um transtorno psicológico, é o acompanhamento médico, nutricional e psicológico para trabalhar não só a relação da pessoa com o alimento, mas também entender os motivos que levam a pessoa à alimentação exagerada e, claro, quando necessário, prescrever medicamentos.
Confira algumas dicas
- Servir em pequenas porções;
- Começar com alimentos menos calóricos, como saladas;
- Separar os espaços de comer e se servir para evitar o consumo frequente;
- Tratamento multidisciplinar com médicos, nutricionistas e psicológicos.
Além disso, o exercício físico é uma ferramenta essencial para controlar a compulsão alimentar, atuando diretamente na regulação de hormônios e no equilíbrio emocional.
"Como estratégia prática, exercícios aeróbicos, a exemplo da corrida, natação ou ciclismo, combinados com treinos de força, são altamente recomendados. Atividades aeróbicas ajudam na regulação hormonal e no gasto calórico", afirmou o educador físico, Daniel Carvalho.
Entre os hormônios que são impactados diretamente estão a leptina, que sinaliza ao cérebro quando o corpo tem energia suficiente, reduzindo a fome, e a grelina, conhecida como o “hormônio da fome”.